S�o Paulo, 08 - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quarta-feira, 8, que o novo ministro da Justi�a, que vai substituir seu aliado Alexandre de Moraes no governo do presidente Michel Temer, n�o precisa ser obrigatoriamente do PSDB. Elogiando a indica��o de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF), Alckmin afirmou que espera que o novo ministro da Justi�a seja algu�m que cuide da seguran�a p�blica, combinando com o perfil de Moraes - que at� a ter�a-feira, 7, era filiado ao partido tucano.
Ap�s participar da assinatura de um repasse de R$ 54 milh�es do Minist�rio da Sa�de ao Instituo Butantan, Alckmin afirmou que o cargo de ministro da Justi�a � de confian�a e precisa ser entregue a algu�m que d� uma aten��o especial � seguran�a p�blica. No governo Michel Temer, PMDB e PSDB disputam a vaga. O presidente falou que precisaria de "uns 15 dias" para nomear o novo escolhido.
"N�o obrigatoriamente (precisa ser do PSDB). Cargo de ministro � cargo de confian�a, importante � que seja algu�m que possa fazer um bom trabalho, especialmente na quest�o da seguran�a", afirmou, em coletiva de imprensa.
Elogios
Alckmin elogiou a indica��o de Moraes por Temer para o STF. O ministro afastado da Justi�a e da Seguran�a P�blica j� ocupou cargos de confian�a na gest�o estadual de Alckmin, como secret�rio de Justi�a e da Seguran�a P�blica.
"Avalio (a indica��o) de maneira muito positiva. Ele � professor de Direito Constitucional, � um dos melhores constitucionalistas brasileiros, pessoa extremamente �tica", comentou o governador. Ele disse que fazia quest�o de dar um depoimento a favor de Moraes por, ao ter sido nomeado como secret�rio da Justi�a h� mais de 10 anos, escolheu voluntariamente pedir demiss�o do Minist�rio P�blico, situa��o que virou regra mais tarde. Para o governador, o curr�culo de Moraes mostra que ele � uma pessoa "com extrema capacidade".
'N�o � problema dos Estados'
Na semana em que policiais militares realizam um motim no Esp�rito Santo, e ainda com a possibilidade de a iniciativa ser repetida em outros Estados, como o Rio de Janeiro, Alckmin afirmou que a seguran�a p�blica � uma quest�o a ser tratada no �mbito federal, e n�o pelos Estados.
"Seguran�a p�blica muita gente acha que � problema dos Estados, n�o �. Tr�fico de drogas � federal, lavagem de dinheiro � federal, tr�fico de armas tamb�m", disse, quando defendeu que o novo ministro da Justi�a seja algu�m que tenha forte atua��o na seguran�a p�blica. O Minist�rio � respons�vel, por exemplo, por autorizar o envio da For�a Nacional aos governos regionais.
Perguntado se havia temor que esse quadro de reivindica��es por parte dos policiais chegue a S�o Paulo, Alckmin se limitou a falar que o Estado possui a melhor pol�cia brasileira e que a PM � "extremamente dedicada e est� fazendo um bom trabalho".