A for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba pediu ao juiz S�rgio Moro que n�o aplique os benef�cios dos acordos de colabora��o premiada de Paulo Roberto Costa e seus familiares, pois eles mudaram partes de suas vers�es sobre a destrui��o e retirada de documentos do escrit�rio da Costa Global no dia em que o ex-diretor foi detido pela Pol�cia Federal, ainda no come�o da Lava Jato, em 20 de mar�o de 2014. A informa��o foi revelada nesta quinta-feira.
Diante disso, o MPF pede que seja "desconsiderada na senten�a a aplica��o dos benef�cios previstos nos acordos de colabora��o premiada celebrados com o Minist�rio P�blico Federal".
Como o acordo foi firmado perante o Supremo Tribunal Federal, cabe somente � Corte decidir se anula ou n�o os termos da colabora��o, o juiz Moro, contudo, pode decidir na senten�a n�o aplicar os benef�cios previstos no acordo caso entenda que ele foi desrespeitado.
Mesmo que venha a ser cancelada a colabora��o, os depoimentos dos colaboradores que apontam irregularidades e n�o possuem contradi��es continuar�o podendo ser utilizados para a investiga��o. Dentre os benef�cios que Paulo Roberto Costa e seus familiares conseguiram com o acordo est� a substitui��o da pris�o em regime fechado pelo cumprimento de penas em regime aberto domiciliar, al�m da suspens�o de outras investiga��es depois que eles forem condenados.
Dentre as contradi��es que foram constatadas entre os depoimentos prestados nos acordos e os interrogat�rios perante o juiz Moro, est� o que Costa alega que n�o existiam contas mantidas por ele em nome de seus parentes. Suas duas filhas acabaram se contradizendo a respeito disso.
Em seu acordo, Shanni Azevedo disse que seu pai havia pedido a ela e a seu marido os passaportes para poder abrir uma conta nas Ilhas Cayman para o casal e tamb�m sua irm� e seu cunhado.