S�o Paulo, 17 - O ex-ministro da Justi�a (2007/2010) Tarso Genro disse que "certamente em v�rias oportunidades, no Pa�s inteiro, os partidos pol�ticos receberam doa��es que n�o registraram". "Isso a�, evidentemente, ocorreu em todo o Pa�s e ocorre h� muito tempo. Deve ter ocorrido recentemente tamb�m nas campanhas eleitorais", afirmou Tarso nesta quinta-feira, 16, em depoimento ao juiz federal S�rgio Moro como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, r�u em a��o penal no caso do tr�plex do Guaruj� (SP).
"Isto decorre ou de uma inten��o maliciosa de quem recebe ou de uma tentativa de obscurecer apoio pol�tico que venha de determinados setores interessados no processo eleitoral", afirmou. Segundo Tarso, a exig�ncia de caixa 2 "� de quem doa". "Temos que fazer uma profunda reforma pol�tica no Pa�s para corrigir essa deformidade do sistema democr�tico", afirmou
Tarso foi indagado por um dos defensores de Lula sobre argumento do Minist�rio P�blico Federal da suposta exist�ncia de um caixa geral do PT. "O que pode dizer dessa hip�tese?"
"Eu desconhe�o", afirmou o ex-ministro, que presidiu o PT. "Quando cheguei na presid�ncia do partido n�o permiti que se fizesse arrecada��o sem que essa arrecada��o fosse registrada num livro centralizado, dizendo quem pediu e quem deu", assegurou.
"Est�vamos em plena discuss�o a respeito do Mensal�o onde havia suspeitas sobre determinadas arrecada��es", seguiu o ex-ministro. "Naquele momento n�o foi feita nenhuma arrecada��o em virtude dessa situa��o pol�tica. Eu desconhe�o exist�ncia de caixa geral no PT. Eu sei que sempre existiu o caixa do partido, caixa determinado pelas campanhas eleitorais e pela lei."