S�o Paulo, 22 - Um dia depois de o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter sinalizado que o novo projeto de renegocia��o de d�vidas dos Estados, destinado �queles em situa��o mais grave, encontrar� resist�ncia para ser aprovado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu que, "evidentemente", a medida vai gerar "muita discuss�o", mas afirmou que as regras estabelecidas pela equipe econ�mica buscam "resolver o problema".
"Eu recebi duas perguntas sobre isso em uma entrevista que dei recentemente. A primeira perguntava se o projeto n�o era rigoroso demais e a outra, logo em seguida, perguntava se o projeto n�o era rigoroso de menos. Quando voc� recebe cr�tica dos dois lados, � porque est� no caminho certo", afirmou o ministro, ap�s participar de evento do banco BTG Pactual, em S�o Paulo.
Segundo Meirelles, o projeto foi preparado "criteriosamente" e tem o objetivo de buscar o que � "justo e correto". "Estamos dispostos a esclarecer todos os pontos e esperamos que o projeto seja aprovado no Congresso", afirmou.
O projeto, que foi finalizado nesta semana pelo governo, agora ser� apreciado pela C�mara. Na ter�a-feira, 21, pela manh�, Rodrigo Maia disse ter d�vidas sobre se ser� f�cil aprovar as contrapartidas exigidas no texto, entre as quais a de que os Estados devem aprovar leis que permitam a privatiza��o de empresas dos setores financeiros, de energia e saneamento. Os recursos obtidos seriam destinados ao pagamento de passivos.
"O problema � que vamos ter de explicar aos deputados que o governo entende que as condi��es que ele tem para assinar o acordo � com as contrapartidas de um projeto de lei complementar. N�o quer dizer que eu concorde", disse Maia. Sobre o clima pol�tico para aprovar o texto, ele afirmou que "se o ambiente do ano passado continuar, a gente sabe que vai ser dif�cil".