Nomea��o de Serraglio cria diverg�ncias no PMDB da C�mara

Bras�lia, 23 - A indica��o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Minist�rio da Justi�a tem causado desconforto dentro do PMDB da C�mara. Deputados externaram preocupa��o com a pouca influ�ncia que paranaense tem sobre a bancada do PMDB e a dificuldade de reverter sua nomea��o em apoio � agenda de Temer.

"Por mais que se diga que (o partido) est� reunido em torno de um nome, n�o � assim que funciona. O ministro Osmar ter� que provar ao presidente Temer que ser� capaz de dar os votos do PMDB para aprovar as reformas", disse o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA). Para o deputado, n�o existe consenso quando se fala em PMDB e uma das dificuldades que o novo ministro vai enfrentar � unificar o partido.

O Minist�rio da Justi�a era uma pasta do PSDB e a nomea��o de um peemedebista deveria fortalecer a bancada e trazer apoio para as vota��es das reformas de Temer, como a da Previd�ncia e a trabalhista, que j� est�o em discuss�o na C�mara. No entanto, entre os deputados do PMDB, a leitura � de que Serraglio n�o � uma forte lideran�a na bancada. Eles duvidam da capacidade de Serraglio de converter votos.

A nomea��o tamb�m causou desentendimentos com o l�der da bancada, Baleia Rossi (PMDB-SP). Isso porque a maior parte dos deputados n�o estava ciente da escolha de Temer, mas o l�der da bancada, que teria sido avisado, n�o discutiu a quest�o com os demais nem transmitiu ao presidente a insatisfa��o da bancada.

Diverg�ncias

Essa � mais uma das diverg�ncias que o PMDB e o governo t�m enfrentado nesta semana. Nessa quarta, 22, o l�der do governo no Congresso, Romero Juc� (PMDB-RR), protagonizou desentendimento p�blico com o ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Moreira Franco.

Enquanto governo afirmou em entrevista ao jornal Valor que o PMDB n�o fechar� quest�o na vota��o da reforma da Previd�ncia, Juc� respondeu em nota que nenhuma posi��o havia sido tomada pela bancada ainda, mas que havia possibilidade de fechar quest�o. A express�o significa formar um acordo para que todos os deputados votem a favor do projeto, com risco de puni��o �queles que descumprirem o combinado.