
O presidente Michel Temer quer indicar na sexta-feira (3) o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para o Minist�rio das Rela��es Exteriores. At� o �ltimo dia 22, a pasta era comandada pelo senador Jos� Serra (PSDB-SP), que pediu demiss�o alegando problemas de sa�de.
Temer, por�m, ainda n�o conversou pessoalmente com Aloysio, que passou o carnaval em Natal (RN) e chegou a Bras�lia na noite desta quarta-feira, dia 1º. No Pal�cio do Planalto, auxiliares do presidente afirmam que o senador tucano s� n�o ser� ministro se n�o quiser.
Desde que Serra anunciou a sa�da do Itamaraty, Temer j� se reuniu pelo menos duas vezes com o senador A�cio Neves (MG), presidente nacional do PSDB. A vaga no Minist�rio das Rela��es Exteriores � considerada um feudo do partido.
A�cio indicou Aloysio - hoje l�der do governo no Senado -, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que disse n�o estar disposto a assumir a fun��o, e o embaixador do Brasil em Washington, S�rgio Amaral, que foi porta-voz no governo Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1999. Pr�ximo de Serra, Amaral ajudou na formula��o da pol�tica externa.
Posse
A inten��o de Temer � anunciar o nome do chanceler nesta semana para que ele tome posse na pr�xima segunda-feira, ou no m�ximo na ter�a-feira, junto com o novo ministro da Justi�a, Osmar Serraglio (PMDB). Aloysio j� integrou a Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado.
No dia depois de Serra entregar sua carta de demiss�o a Temer, o l�der do governo no Senado desconversou sobre um poss�vel convite do presidente. “S� por que eu falo franc�s?”, brincou Aloysio, que morou durante 11 anos na Fran�a, na �poca da ditadura militar.
Se realmente for para o Minist�rio das Rela��es Exteriores, o tucano ter� de desistir da disputa pela reelei��o no Senado, em 2018, ou ent�o sair do cargo, apenas um ano ap�s assumir a pasta, para concorrer.
Cirurgia
Desde o final do ano passado, Serra vinha sofrendo com dores na coluna, o que levou o presidente Michel Temer a lhe recomendar que reduzisse o ritmo de trabalho � frente do Itamaraty. Em dezembro, o ministro submeteu-se a uma cirurgia, mas as dores continuaram. Serra deve se dedicar a um tratamento por quatro meses. Depois disso, vai voltar ao Senado, onde tem mandato at� 2023.