S�o Paulo, 04 - Consultado pelo presidente Michel Temer, que o quer em sua equipe - na fun��o de assessor especial para Assuntos Penitenci�rios -, o criminalista Ant�nio Claudio Mariz de Oliveira deve passar o fim de semana estudando a proposta. At� esta sexta-feira, por�m, n�o parecia propenso a aceitar o cargo. Ele chegou a ser cotado para a Justi�a, no lugar de Alexandre de Moraes.
Os dois se encontraram na noite de quinta-feira em uma sala na sede da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. Durante mais de uma hora, Temer deixou claro a Mariz que uma de suas prioridades � encontrar solu��es para o caos no sistema prisional - palco de atrocidades no in�cio do ano no Amazonas, em Roraima e no Rio Grande do Norte. O presidente disse que a assessoria ter� total independ�ncia e que dar� ampla cobertura a medidas que Mariz entender necess�rias. Com larga experi�ncia na �rea, o criminalista � apontado como o nome certo para assessorar o presidente em temas penitenci�rios.
Apesar de honrado com o convite, Mariz fez algumas considera��es a Temer. Uma delas: ele teria de permanecer em Bras�lia por ao menos dois dias da semana, o que o levaria a deixar o tradicional escrit�rio que mant�m com 12 advogados. Como assessor, Mariz teria ainda de cuidar da estrutura��o do setor, ir atr�s de recursos. N�o agrada o criminalista o fato de aceitar uma miss�o com prazo escasso para ser executada, menos de dois anos. Ele avalia que o tempo n�o seria suficiente para apresentar resultados. Outro detalhe que incomoda o advogado � que o cargo seria remunerado, o que ele n�o quer.
Na conversa com o presidente, o advogado pensou numa alternativa, como a cria��o de um comit� informal para planejamento e reforma do sistema penitenci�rio, mas sem que ele tivesse v�nculo com o governo.
Mariz disse que n�o pretende atuar como uma esp�cie de �conselheiro� do presidente para a pol�tica. �Eu me disponho a ficar sempre do lado do Michel, conversar, dar palpites. Somos amigos h� pelo menos 40 anos, mas ele n�o comentou nada sobre isso comigo�, afirmou. Segundo Mariz, o presidente foi incisivo e garantiu que est� muito preocupado com a situa��o nos pres�dios. �N�o podemos ficar inertes, aguardando a pr�xima trag�dia�, disse o advogado a Temer.
�A sensibilidade do Michel � total para o problema�, afirmou Mariz. �Verifiquei uma grande preocupa��o do presidente em rela��o ao sistema penitenci�rio brasileiro e um desejo expresso de encaminhar solu��es, por entender que a situa��o n�o pode perdurar. Ele entende que medidas pr�ticas t�m de ser tomadas pelo governo, mas com efetiva colabora��o de setores da sociedade.� As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.