�s v�speras da entrega ao Supremo Tribunal Federal (STF) dos novos pedidos de abertura de inqu�rito com base na dela��o de executivos e ex-executivos da Odebrecht, a C�mara se prepara para blindar os deputados que forem alvos de investiga��es na Opera��o Lava Jato.
Apesar da expectativa em rela��o � nova lista que dever� ser divulgada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, parlamentares dizem acreditar que, assim como ocorreu ap�s a divulga��o da primeira rela��o de nomes, h� dois anos, apenas os casos mais graves, como do ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), devem ser analisados pelo Conselho de �tica. At� hoje, nenhum outro processo foi aberto na Casa, apesar de j� haver dez deputados denunciados na Lava Jato e dois deles serem r�us: Nelson Meurer (PP-PR) e An�bal Gomes (PMDB-CE).
Exemplo.
Para proteger seus pares, l�deres de partidos da base e da oposi��o defendem que ser� preciso um conjunto substancial de provas para que seja aberto um processo contra algum parlamentar e que os conselheiros ter�o que estabelecer par�metros de como v�o agir diante das novas a��es no STF. Citam como exemplo a medida adotada pelo presidente Michel Temer, que definiu uma �linha de corte� e anunciou que s� ir� afastar ministros do governo que virarem r�us.
�N�o basta meras cita��es para abrir um processo no Conselho de �tica, isso vai depender da solidez das provas apresentadas. O �rg�o n�o pode se antecipar e condenar algu�m, isso � um papel da Justi�a�, disse o l�der do DEM na Casa, Efraim Filho (PB).
Essa tamb�m � a opini�o do l�der do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (SP). Para ele, apenas a abertura de inqu�rito no Supremo n�o � motivo para abrir um processo de cassa��o na C�mara. �Quando surge uma den�ncia, a� n�o tem d�vida, o conselho tem que agir.�
As lideran�as tamb�m t�m mantido suspense sobre que nomes v�o indicar para fazer parte do conselho, que � formado por 21 deputados, pelos pr�ximos dois anos. Segundo eles, apesar de a elei��o para a nova composi��o do colegiado estar prevista para meados deste m�s, o assunto ainda n�o est� na ordem do dia.
Parlamentares da oposi��o, por�m, especulam que os partidos implicados na Lava Jato v�o escolher a dedo quem ir� represent�-los no colegiado. �Acho que eles est�o se precavendo para ter um conselho linha dura, que forme uma maioria n�o vacilante�, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).