S�o Paulo, 08 - O juiz S�rgio Moro condenou nesta quarta-feira, 8, o ex-ministro Jos� Dirceu a 11 anos e tr�s meses de pris�o pelos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema de corrup��o na Petrobras. Com isso, j� � a segunda senten�a de Dirceu na Lava Jato, condenado no ano passado a 20 anos e dez meses de pris�o.
Nesta a��o, o ex-ministro foi condenado por ter recebido R$ 2,1 milh�o em propinas para favorecer a contrata��o da empresa Apolo Tubulars pela Petrobras por meio da diretoria de Servi�os, cota do PT no esquema de corrup��o da estatal, entre 2008 e 2012. Tamb�m foi condenado o irm�o do ex-ministro, Luiz Eduardo Oliveira e Silva. Ele foi sentenciado a seis anos e oito meses de pris�o tamb�m por corrup��o e lavagem.
Ao todo foram sete r�us denunciados, dos quais Moro condenou cinco, incluindo Dirceu e seu irm�o, e absolveu dois, Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares e Carlos Eduardo de S� Baptista.
Segundo os investigadores, mediante pagamento de propinas no valor de mais de R$ 7 milh�es, Renato Duque, ent�o diretor de Servi�os da Petrobras indicado pelo PT, � qual estava subordinada a Ger�ncia de Materiais, encarregada pelo procedimento licitat�rio, "possibilitou a contrata��o da Apolo Tubulars em contrato de fornecimento de tubos com valor inicial de R$ 255.798.376,40, que foi maximizado para o valor de R$ 450.460.940,84".
A Procuradoria sustenta que as vantagens il�citas foram transferidas pela Apolo Tubulars para a empresa Piemonte, do lobista J�lio Camargo. Os investigadores afirmam que, em seguida, Renato Duque solicitou a J�lio Camargo "que a sua parcela na propina, cab�vel em decorr�ncia de suas interven��es, fosse repassada ao n�cleo pol�tico capitaneado por Jos� Dirceu".
"Assim, cerca de 30% dos valores recebidos por J�lio Camargo, o que equivale a R$ 2.144.227,73, foram transferidos ao ex-ministro da Casa Civil", aponta a for�a-tarefa.
Os procuradores destacam que "para dissimular os repasses de vantagens indevidas", J�lio Camargo custeou despesas decorrentes da utiliza��o de duas aeronaves por Jos� Dirceu. O lobista tamb�m teria providenciado a transfer�ncia de valores para Jos� Dirceu, "mediante contrato falso celebrado entre as empresas Credencial - controlada por Eduardo Aparecido de Meira e Fl�vio Henrique de Oliveira Macedo - e Auguri".
Para o juiz da Lava Jato, o custo da propina foi repassado � Petrobras, j� que calculada com base em porcentual do contrato, com o que a estatal ainda arcou com o preju�zo no valor equivalente".
A reportagem n�o conseguiu contato com o advogado de Dirceu para comentar o caso.