Paternidade de obra do S�o Francisco � do povo brasileiro e nordestino, diz Temer

Campina Grande e S�o Paulo, 10 - O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta sexta-feira, 10, em Campina Grande (PB), que n�o quer ter a paternidade das obras de transposi��o do Rio S�o Francisco. "N�o quero a paternidade dessa obra, ningu�m pode t�-la. A paternidade � do povo brasileiro e do povo nordestino", disse Temer.

A declara��o ocorre ap�s Dilma Rousseff e Luiz In�cio Lula da Silva reivindicarem a autoria das obras na regi�o, iniciadas durante suas gest�es. Ele est� no Nordeste para a inaugura��o do projeto na Para�ba e em Pernambuco. O primeiro compromisso foi em Campina Grande, onde assinou a ordem de servi�o para a adequa��o de capacidade da BR-230, que passa pelo Estado.

"Voc�s � que pagaram impostos ao longo do tempo para que pud�ssemos fazer grandes investimentos nessa obra que vai cada vez mais sendo festejada", disse o presidente, justificando sua declara��o de que a paternidade da transposi��o � dos cidad�os.

Antes, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), afirmou em discurso que "todo mundo quer ser pai dessa obra", mas que era preciso compreender que � uma sequ�ncia de v�rios governos, citando a concep��o do projeto por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o in�cio das obras por Luiz In�cio Lula da Silva (PT), destacando que era preciso referenciar o petista com "import�ncia", e a sequ�ncia da execu��o, "com uma certa letargia", por Dilma Rousseff (PT).

O presidente afirmou ainda que a transposi��o do rio � assunto de maior interesse ao Estado da Para�ba e � toda regi�o nordestina. "N�s envidamos, como voc�s puderam perceber, muitos esfor�os nesses poucos meses de governo para que pud�ssemos chegar a este ponto", disse.

Temer desembarcou no Aeroporto Jo�o Suassuna por voltas das 11h e seguiu para o Complexo Residencial Aluizio Campos, um conjunto habitacional com mais de 4,1 mil casas, constru�do pela prefeitura da cidade em parceria com o governo federal. Ap�s visitar algumas casas e conversar com os moradores, ele discursou em um palanque armado no conjunto habitacional, rodeado de ministros e pol�ticos paraibanos do PMDB, PSDB, PP, PSD, entre outras legendas.

Rodovia

As obras em uma rodovia da regi�o ser�o realizadas em um trecho de 28 quil�metros, que vai do munic�pio de Cabedelo at� a capital, Jo�o Pessoa. Segundo o Planalto, o investimento total � de R$ 255 milh�es para as melhorias.

Ser�o constru�dos 13 viadutos, 14 passarelas de travessia de pedestres, 38 quil�metros de vias marginais, 15 quil�metros de ciclovias e 25 quil�metros de terceira faixa.

Ap�s deixar Campina Grande, a comitiva presidencial seguir� para o munic�pio de Sert�nia, onde visitar� o �ltimo trecho do canal da transposi��o do Rio S�o Francisco em Pernambuco, antes da entrada da �gua no territ�rio paraibano.

�s 15h, est� prevista a chegada do presidente a Monteiro onde far� a inaugura��o oficial da obra na Para�ba. Temer acionar� uma bomba que vai liberar a �gua para o a�ude de Po��es.

A �gua entrou no territ�rio paraibano na noite da �ltima Quarta-feira (8) e deve encher o po��es dentro de cinco a sete dias, at� seguir para outro a�ude no munic�pio de Camala� e, de l�, seguir o curso do Rio Para�ba com destino ao a�ude Epit�cio Pessoa (no munic�pio de Boqueir�o), que abastece Campina Grande e outras 18 cidades da regi�o.

Nesta quinta-feira, v�spera da visita de Temer � Para�ba, choveu em 66 munic�pios do Estado, inclusive em Monteiro e Campina Grande.