Bras�lia, 14 - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu na segunda-feira, 13, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-assessor especial da Presid�ncia Jos� Yunes sejam ouvidos no �mbito da a��o que apura se a chapa encabe�ada pela petista, de quem Michel Temer (PMDB) foi vice, cometeu abuso de poder pol�tico e econ�mico para se reeleger.
Padilha teria acertado locais de entrega do dinheiro da empreiteira mediante senhas trocadas com o ex-executivo. De acordo com Carvalho Filho, um dos locais indicados por Padilha foi o escrit�rio de Jos� Yunes, amigo e ex-assessor de Michel Temer. Esse pagamento teria sido realizado no dia 4 de setembro de 2014.
O valor total destinado ao PMDB chegou a R$ 5 milh�es, dos quais R$ 500 mil teriam sido destinados ao ent�o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Carvalho Filho afirmou que para entregar as senhas esteve com Padilha pelo menos quatro vezes. O ex-executivo da Odebrecht trabalhava na equipe do ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Cl�udio Melo Filho. No anexo de dela��o premiada que veio � p�blico em dezembro, Melo relata que foi Carvalho Filho quem o apresentou a Padilha.
Requerimento
A defesa de Dilma tamb�m pediu que o ministro Herman Benjamin, relator da a��o no TSE, solicite � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento do conte�do das dela��es dos executivos e funcion�rios da Odebrecht que prestaram depoimento � corte eleitoral, preservando o sigilo decretado.
Os advogados que defendem a ex-presidente ainda solicitaram que sejam ouvidos lideran�as dos partidos que integraram a chapa da petista em 2014, entre eles Rui Falc�o (PT), Carlos Lupi (PDT), Gilberto Kassab (PSD) e Valdir Raupp (PMDB) e que o ex-ministro da Secretaria de Comunica��o Social Edinho Silva (PT), coordenador financeiro da chapa Dilma-Temer, preste novo depoimento.
Os depoimentos dessas testemunhas, alega a defesa da petista, poder�o esclarecer as acusa��es do empres�rio Marcelo Odebrecht de que a empreiteira teria colaborado financeiramente com as legendas por meio de caixa 2.
Dilma pediu tamb�m que o ministro Herman Benjamin reconsidere decis�o sobre trecho do depoimento do ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht Benedicto J�nior referente � chapa do ent�o candidato tucano � Presid�ncia, senador A�cio Neves (MG). Herman determinou que essas partes sejam "tarjadas" nas transcri��es que constar�o nos autos da a��o sobre a chapa Dilma-Temer.