S�o Paulo, 14 - O prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), afirmou que a determina��o de n�o se candidatar em 2018 n�o � "irrevers�vel". Questionado sobre a possibilidade de disputar o Planalto, ele reafirmou o apoio ao seu padrinho pol�tico, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), mas n�o descartou concorrer caso haja desgaste dos nomes tucanos mais cotados para a elei��o. O mesmo ele disse em rela��o a uma candidatura ao governo paulista.
As declara��es foram dadas em entrevista ao jornal "SBT Brasil", do SBT, veiculado na noite desta segunda-feira, 13. Na semana passada, o prefeito negou a inten��o de disputar a Presid�ncia e declarou ades�o ao nome de Alckmin, que, por sua vez, admitiu publicamente a inten��o de concorrer ao Planalto no pr�ximo ano.
Questionado se concordava com a frase do pol�tico mineiro Magalh�es Pinto de que "pol�tica � como nuvem: voc� olha, ela est� de um jeito, voc� olha e ela est� de outro", Doria disse que "nada � irrevers�vel, exceto a morte".
No entanto, o prefeito que o seu candidato � Alckmin. "N�o � apenas porque n�s temos uma amizade de 36 anos e n�o � apenas porque ele me apoiou para a Prefeitura de S�o Paulo. � porque ele � bom, � competente, � s�rio, � dedicado, � honesto. � um bom gestor, um quadro excepcional do PSDB", afirmou.
Doria disse tamb�m que defende a realiza��o de pr�vias no PSDB, tanto para a escolha do candidato � Presid�ncia como ao candidato ao Pal�cio dos Bandeirantes.
O prefeito tamb�m n�o descartou uma candidatura ao governo paulista j� no ano que vem. Questionado sobre a eventual disputa para os Bandeirantes, ele repetiu: "Vou usar o mesmo Magalh�es Pinto: nada � irrevers�vel. Eu n�o tenho isso como planejamento, e estou 'prefeitando'. O melhor que eu posso fazer � ser um bom prefeito".
Na edi��o desta segunda-feira, 13, o jornal O Estado de S.> Paulo mostrou que o nome de Doria ganha for�a entre tucanos para concorrer ao governo - entre os apoios declarados est� o do presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo (Alesp), Fernando Capez (PSDB).
Caixa 2
Na entrevista ao SBT Brasil, o tucano tamb�m disse ser contra a qualquer proposta de anistia de caixa 2 praticado em campanhas eleitorais. Questionado sobre a ideia, afirmou que "a tese tem de ser avaliada". "Eu n�o concordo com ela (anistia), mas acho que tem de ser avaliada. Discordo do caixa 2. � preciso ter um novo formato. O formato atual e o passado (de financiamento de campanha) n�o funcionam."
Doria afirmou que o surgimento da proposta, com o avan�o da Opera��o Lava Jato e poss�veis cita��es de tucanos e peemedebistas em dela��es premiadas, n�o � uma "coincid�ncia positiva". "Ela (a coincid�ncia) torna mais vulner�vel a tese (de anistia), por isso n�o me filio a ela, embora eu compreenda a tese. Mas ela se torna mais vulner�vel dado o est�gio avan�ado da Lava Jato", disse o prefeito.
Para o tucano, den�ncias de corrup��o no PT e no PSDB "s�o atitudes distintas". "O PSDB n�o � PT. A profundidade da corrup��o do PT foi a maior montagem de quadrilha na hist�ria pol�tica do mundo. Primeiro n�o h� corrup��o do PSDB, h� suspeitas. Eu confio no Minist�rio P�blico e confio na Justi�a tamb�m. O que eu entendo � que tudo tem de ser apurado. Aplique-se a pena", finalizou.