Bras�lia, 21 - R�u na Lava Jato, o senador Valdir Raupp (PMDB-TO) tornou-se alvo de um novo inqu�rito no Supremo Tribunal Federal (STF), para apurar os crimes de falsidade ideol�gica e peculato.
Os supostos crimes teriam sido cometidos na contrata��o fict�cia de assessores do senador, de acordo com um inqu�rito policial sobre o caso.
As investiga��es come�aram na primeira inst�ncia, mas, no dia 6 de mar�o, o juiz Marcus Vin�cius Reis Bastos, da Justi�a Federal do Distrito Federal, determinou que fossem remetidas ao Supremo Tribunal Federal, devido � prerrogativa de foro do parlamentar.
No STF, o relator sorteado � o ministro Gilmar Mendes. O processo que lhe foi encaminhado tem um total de 197 p�ginas.
Procurado, o advogado do senador, Daniel Gerber, disse que "a hip�tese acusat�ria n�o se sustenta, e ser� devidamente esclarecida durante a investiga��o".
Raupp tamb�m deve ter novo inqu�rito aberto com base nas dela��es da Odebrecht.
Lava Jato
Raupp se tornou r�u no in�cio de mar�o, quando a Segunda Turma do Supremo aceitou a den�ncia oferecida pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. A PGR o acusa de ter solicitado e recebido vantagem indevida de R$ 500 mil para a sua campanha ao Senado de 2010, oriundo do esquema de corrup��o na Petrobras, por meio de propina disfar�ada de doa��es oficiais.
Ainda na Lava Jato, ele � alvo de outras tr�s investiga��es em que ainda n�o foram oferecidas den�ncias pela PGR. Uma delas apura suposta pr�tica de corrup��o passiva qualificada, por meio do suposto recebimento de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidi�ria da Petrobras, de acordo com a dela��o de Nestor Cerver�.
Ele tamb�m � investigado por supostos crimes de corrup��o passiva e corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e tr�fico de influ�ncia, com base na dela��o do lobista Fernando Soares - apontado como operador do PMDB no esquema de corrup��o da Petrobras. Fernando Baiano, como � conhecido, apontou em depoimento que a empreiteira ga�cha Bras�lia Gua�ba teria procurado Raupp para intermediar neg�cios com a estatal. Em troca, o parlamentar exigiria doa��es para a campanha ao Senado em 2010.
Al�m disso, Raupp � um dos nomes que constam no inqu�rito (n� 4.326) em que a PGR investiga uma suposta organiza��o criminosa formada por l�deres pol�ticos dO PMDB para conseguir propina e doa��es eleitorais com oferecimento de contrapartidas � iniciativa privada.