Moro d� 5 dias para PF se manifestar sobre suposto v�deo de coercitiva de Lula

S�o Paulo, 27 - O juiz federal S�rgio Moro deu cinco dias para que a Pol�cia Federal se manifeste sobre um suposto v�deo gravado durante a condu��o coercitiva do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em mar�o do ano passado. O prazo foi concedido na sexta-feira, 24.

A grava��o, segundo a defesa de Lula, ser� usada no filme "Pol�cia Federal - A lei � para todos". O longa, da produtora carioca New Group & Raconto e associados, custar� R$ 12 milh�es e ser� "um thriller policial pol�tico inspirado em fatos reais".

Em manifesta��o a Moro, tamb�m na sexta-feira, os advogados do petista afirmaram que "a condu��o coercitiva em desfavor do peticion�rio (Lula) - medida autorizada por este Ju�zo e executada no dia 4 de mar�o de 2016 - constituir� a principal cena do filme". Para a defesa, o uso do suposto v�deo tem como objetivo "macular" a imagem de Lula "perante a sociedade".

"Ocorre que para a grava��o da cena os produtores tiveram acesso integral a uma suposta filmagem realizada pela Pol�cia Federal no dia da medida que privou a liberdade do peticion�rio por cerca de cinco horas", alegaram os advogados.

A defesa pediu a Moro que determinasse � produ��o do filme que se abstivesse de usar a grava��o e que fosse apurado "a responsabilidade criminal dos agentes policiais".

Ao analisar o pedido da defesa de Lula, o juiz da Lava Jato afirmou que "n�o cabe a este Ju�zo impor censura a ve�culos de comunica��o ou mesmo � produ��o de algum filme". "N�o s�o eles sequer partes deste processo", anotou. "N�o consta que qualquer grava��o efetuada durante a dilig�ncia de condu��o coercitiva tenha sido disponibilizado � produ��o do filme ou a qualquer ve�culo de imprensa. Se o �ltimo fato tivesse ocorrido, ali�s, provavelmente tais imagens j� teriam sido publicizadas."

Moro determinou: "Antes de qualquer provid�ncia, intime-se a autoridade policial respons�vel pelo caso para prestar oportunos esclarecimentos e se manifestar sobre a peti��o (da defesa de Lula)."