Bras�lia - A Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica decidiu aplicar san��o de advert�ncia ao ministro da Sa�de, Ricardo Barros (PP-PR), por ter aproveitado agenda oficial de trabalho para participar de campanha eleitoral, em setembro do ano passado, e fazer promessas "indevidas" de libera��o de recursos em atos de candidatos a prefeitos em v�rias cidades do Paran�.
Ao falar sobre a puni��o, o presidente da comiss�o lembrou que a resolu��o n�mero 7 diz que estabelece que todas as atividades de campanha de autoridades "sejam registradas em agenda". Ele lembrou que n�o � proibido que a autoridade fa�a campanha, mas "essas atividades n�o podem ser distorcidas a ponto de as viagens de trabalho sejam utilizadas para fazer campanha eleitoral, muito menos que haja na participa��o pol�tica dessas autoridades a promessa de cargos, verbas ou obras, proibido pelo artigo quatro da resolu��o 7".
Para Menezes, "houve sim promessa indevida do ministro como ministro, ao participar de evento eleitoral" e "foi feita promessa cujo cumprimento depende do cargo". Segundo o presidente da comiss�o, n�o houve contesta��o ao descumprimento da regra quando a defesa do ministro foi apresentada. Menezes explicou ainda que a comiss�o n�o aplica puni��es na esfera penal ou eleitoral. "Aqui estamos aqui na esfera �tica", justificou ele, dizendo que esta a��o n�o elimina outras, de outras esferas.
Ricardo Barros fez campanha em cidades como Curitiba, Apucarana, Marialva, Peabiru e Maring�, seu reduto eleitoral, entre outras. Nelas, subiu em palanques dos candidatos e fez promessas de atendimentos de pedidos dos candidatos. Em Apucarana, por exemplo, Barros cumpriu agenda oficial de ministro da Sa�de e foi recebido por Beto Preto (PSD), candidato � reelei��o. E, em texto distribu�do � imprensa, a assessoria do prefeito informou que "mais uma reivindica��o do prefeito Beto Preto foi atendida por Barros, que anunciou um aporte de recursos na casa de R$ 1,69 milh�o por ano para o hospital" da cidade.