
O ex-governador do Rio de Janeiro S�rgio Cabral � acusado pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF) de receber R$ 16,4 milh�es da empresa de materiais m�dicos Oscar Iskin, em repasses mensais de at� R$ 450 mil por m�s.
Segundo informa��es da Procuradoria da Rep�blica no Rio de Janeiro, Cabral recebia 5% do esquema de fraudes na compra de equipamentos m�dicos e pr�teses que supostamente envolvia tamb�m o ex-secret�rio de Sa�de Sergio C�rtes e os empres�rios Miguel Iskin e Gustavo Estellita.
O ex-secret�rio de sa�de que tamb�m foi diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e os dois empres�rios foram alvo de mandados de pris�o preventiva no �mbito da Opera��o Fatura Exposta da Pol�cia Federal.
C�rtes � acusado de receber 2% do valor dos contratos celebrados entre a Secretaria e a Oscar Iskin. Al�m disso, segundo o MPF, C�rtes e Iskin s�o acusados de dividir 40% do valor dos contratos e deposit�-lo em uma conta aberta no Bank of America, nos Estados Unidos.
Segundo os procuradores da Rep�blica, o esquema envolvia um chamado “clube do preg�o internacional”, do qual participam at� hoje empresas que atuam em licita��es de forma combinada.
Segundo o MPF, Miguel Iskin orientava C�rtes, que foi secret�rio de 2007 a 2013, a incluir nos produtos a serem licitados especifica��es t�cnicas restritivas de concorr�ncia.
Estellita seria o operador financeiro de Iskin, de acordo com os procuradores. O esquema tamb�m teria funcionado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), instituto federal do qual C�rtes foi diretor de 2002 a 2006.
A opera��o de hoje, chamada Fatura Exposta, � um desdobramento das opera��es Calicute, que resultou na pris�o de Cabral no ano passado, e Efici�ncia, que resultou na pris�o do empres�rio Eike Batista neste ano.