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Estado de Minas

Temer n�o afastar� ningu�m neste momento

Na tentativa de proteger o governo, Temer pediu aos auxiliares que preparem suas defesas e n�o se manifestem antes de conhecerem o conte�do das dela��es da Odebrecht


postado em 12/04/2017 08:31 / atualizado em 12/04/2017 08:46

Bras�lia - O presidente Michel Temer j� sabia que os pedidos de investiga��o autorizados pelo relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, atingiriam oito de seus 28 ministros. Com isso, preparou com anteced�ncia a estrat�gia de redu��o de danos para enfrentar o agravamento da crise. Na tentativa de proteger o governo, Temer pediu aos auxiliares que preparem suas defesas e n�o se manifestem antes de conhecerem o conte�do das dela��es da Odebrecht.

Por enquanto, o presidente n�o far� demiss�es na equipe, mas n�o esconde a preocupa��o com o que est� por vir. Se algum dos ministros for denunciado, ser� afastado temporariamente e, se virar r�u, ter� de deixar o cargo. A linha de corte foi definida em fevereiro. Na lista de Fachin est�o os dois mais pr�ximos ministros de Temer: Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presid�ncia. Trata-se do cora��o do governo.

Desgaste


Em conversas reservadas, auxiliares do presidente avaliam que o desgaste ainda vai aumentar. H� receio de que o ambiente conturbado provoque instabilidade pol�tica, afete a recupera��o da economia e prejudique o andamento dos temas de interesse do Pal�cio do Planalto no Congresso, como as reformas da Previd�ncia e trabalhista. O novo adiamento da vota��o de ontem na C�mara para socorrer Estados endividados foi visto no Planalto como um sintoma da turbul�ncia provocada pelos pedidos de investiga��o.

Embora Temer soubesse que uma bomba cairia sobre o Planalto com a abertura do sigilo das dela��es de ex-executivos da Odebrecht, a forma como a lista de investigados apareceu causou contrariedade no governo. A expectativa � de que os detalhes sejam conhecidos o mais breve poss�vel para que se possa saber quem fez o qu�.

"Todo mundo est� sendo tratado da mesma forma e isso n�o est� certo", disse um auxiliar de Temer, sob a condi��o de anonimato. "O que tem de sair � a conduta de cada um, o que cada um fez." Nos bastidores, assessores do presidente dizem ser preciso diferenciar "caixa 2" em campanhas eleitorais de recebimento de propina.

O governo havia sido informado que a abertura do sigilo das dela��es ocorreria ap�s a P�scoa. Apesar de o n�mero de ministros citados ser conhecido, Temer ficou surpreso com a quantidade de senadores envolvidos: 24 dos 81. Questionados sobre o impacto das investiga��es sobre a base aliada do governo no Congresso, assessores do presidente faziam quest�o de citar os petistas da lista de Fachin.


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