Bras�lia, 12 - A dela��o de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht citou 12 governadores do Pa�s, dos quais nove foram alvo de pedidos de abertura de inqu�rito feitos ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
Caber� ao STJ decidir se abre ou n�o inqu�rito contra os governadores de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o (PMDB); de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT); do Paran�, Beto Richa (PSDB); de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD); do Esp�rito Santo, Paulo Hartung (PMDB); do Maranh�o, Fl�vio Dino (PCdoB) e de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB).
Outros tr�s governadores ser�o investigados em inqu�ritos j� instaurados, que tramitar�o no STF: de Alagoas, Renan Filho (PMDB); do Acre, Ti�o Viana (PT); e do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD).
Tr�s delatores da Odebrecht afirmaram � Procuradoria-Geral da Rep�blica que o governador paulista usou o cunhado - Adhemar C�sar Ribeiro - para receber R$ 10,3 milh�es do setor de propinas da empreiteira em 2010 e 2014. As informa��es constam de manifesta��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao Supremo.
"Trata-se de peti��o instaurada com lastro nos termos de depoimentos dos colaboradores Benedicto Barbosa da Silva J�nior, Carlos Armando Guedes Pachoal e Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, os quais relatam que o Grupo Odebrecht teria repassado ao ent�o candidato Geraldo Jos� Rodrigues Alckmin Filho, atual governador do Estado de S�o Paulo, a pretexto de contribui��o eleitoral, R$ 2 milh�es no ano de 2010 e R$ 8,3 milh�es no ano de 2014, todas somas n�o contabilizadas", escreveu Fachin na peti��o. "Referidos repasses seriam implementados por meio do Setor de Opera��es Estruturadas da companhia, mediante o sistema "Drousys."
O relator da Lava Jato afirma que "menciona-se, inclusive, que Adhemar C�sar Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin, receberia pessoalmente parte desses valores e que, ao lado desses pagamentos, houve tamb�m doa��o oficial de R$ 400 mil".
Na sua manifesta��o, Janot afirmou que "n�o existe men��o a crimes praticados por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de fun��o nesta Corte (STJ)" e pediu o reconhecimento da incompet�ncia do Supremo para a apura��o dos fatos. "Considerando que o suposto benefici�rio das doa��es exerce o cargo de governador do Estado de S�o Paulo, postula autoriza��o para utilizar o material perante o foro competente, o Superior Tribunal de Justi�a, a fim de que l� sejam tomadas as provid�ncias cab�veis."
Fachin pede "o levantamento do sigilo dos termos aqui referidos, uma vez que n�o mais subsistem motivos para tanto".
'Dentro da lei'
Por meio da assessoria do Pal�cio dos Bandeirantes, o governador refutou a acusa��o. "Jamais pedi recursos irregulares em minha vida pol�tica, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo il�cito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei", disse Alckmin.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.