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Estado de Minas

Dilma quis saber se Temer recebeu propina, diz Marcelo Odebrecht


postado em 12/04/2017 18:07 / atualizado em 12/04/2017 18:38

(foto: AFP / EVARISTO SA )
(foto: AFP / EVARISTO SA )

Em um de seus depoimentos prestados no �mbito do acordo de colabora��o premiada com a Lava Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht assumiu pagamentos de propina para o PMDB e PT por conta do contrato PAC SMS da diretoria Internacional da Petrobras. Segundo o delator, tanto a presidente da estatal na �poca, Gra�a Foster, como a ent�o presidente Dilma Rousseff (PT) foram informadas sobre os pagamentos il�citos. Na conversa com Dilma, segundo Marcelo, teria transparecido que a ent�o presidente queria saber se seu vice, Michel Temer, teria recebido valores oriundos do contrato.

"Eu contei tudo que tinha contado pra Gra�a pra ela. Presidenta, veja bem, n�o � justo o que Gra�a fez.. Eu achava que ela queria saber se Michel estava envolvido... mas voc� percebe que ela queria instigar quem era a pessoa que estava recebendo isso", detalhou Odebrecht.

Os repasses ao PMDB, disse Marcelo, foram solicitados a M�rcio Faria, diretor de �leo e G�s do grupo Odebrecht, pelos ent�o deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Por parte do PT, os repasses teriam sido tratados com o tesoureiro do partido Jo�o Vaccari. Questionado sobre os valores, Marcelo informou que n�o saberia o valor exato, mas que "foi relevante, foi 10, 20 milh�es de reais" pagos na v�spera da campanha de 2010.

Em 2013, uma auditoria interna da Petrobras contestou contrato com o grupo Odebrecht em torno de US$ 840 milh�es para servi�os em dez pa�ses. Depois da an�lise, o montante a ser pago foi reduzido em 43% do valor original, a cerca de US$ 480 milh�es.

O acordo inclu�a trabalhos de manuten��o na refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), onde a Petrobras foi investigada por ter firmado um contrato com falhas e comprado a unidade por pre�o acima do de mercado, como revelou na �poca o jornal O Estado de S. Paulo.

Em sua dela��o, Odebrecht contou que soube dos pagamentos quando Gra�a Foster telefonou para perguntar se o PMDB havia recebido valores oriundos do contrato. "O que na �poca me foi informado, comentado, � que ela estava preocupada era com esse tal pagamento que foi feito para elei��o de 2010 do grupo do PMDB", explicou Marcelo.

Aos investigadores explicou que o caso foi diferente dos outros da estatal uma vez que n�o era costume o pol�tico solicitar os repasses. "No caso a Petrobras, a conversa era com diretores, a mensagem dos padrinhos pol�ticos era pelos diretores", explicou Odebrecht.

O PAC SMS foi um contrato de presta��o de servi�os para a �rea de Neg�cios Internacionais da Petrobras, dentro do plano de a��o de certifica��o em seguran�a, meio ambiente e sa�de. O contrato guarda-chuva contempla v�rios pa�ses e, em 2011, foi ampliado para incluir servi�os espec�ficos em Pasadena.


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