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Estado de Minas

Lava-Jato mira obras da Odebrecht na gest�o Kassab em SP

Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto J�nior e Paulo Cesena


postado em 17/04/2017 16:49 / atualizado em 17/04/2017 16:57

 A Opera��o Lava-Jato vai passar um pente fino nas obras da Odebrecht contratadas pela Prefeitura de S�o Paulo e custeadas com recursos do Minist�rio das Cidades, durante a gest�o de Gilberto Kassab (2006-2012), hoje ministro de Ci�ncia, Tecnologia, Inova��es e Comunica��es (PSD-SP). Ao pedir ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inqu�rito contra Kassab, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, solicitou ainda um levantamento de todas as doa��es eleitorais feitas, entre 2008 e 2014 pela empreiteira, ou por qualquer sociedade empres�ria do seu grupo econ�mico, em favor do ministro ou de seus partidos.

Ao mandar abrir inqu�rito para investigar Kassab, em 4 de abril, o ministro Fachin autorizou os pedidos da Procuradoria-Geral da Rep�blica. Fachin deu 30 dias para a Pol�cia Federal analisar os dados.

Gilberto Kassab foi delatado pelos executivos Benedicto J�nior e Paulo Cesena, da Odebrecht. Segundo os delatores, entre 2008 e 2014, houve pagamentos de vantagens indevidas para o ministro do Governo Michel Temer, em montante superior a R$ 20 milh�es. Os repasses teriam como objetivo "obter vantagens" de Kassab na condi��o de prefeito de S�o Paulo e, depois, de Ministro das Cidades do Governo Dilma Rousseff.

Benedicto J�nior, o BJ, relatou que os valores foram solicitados diretamente por Kassab. Em 2008, afirmou o executivo, ele teria sido convidado para um caf� com Kassab, na casa do ministro, "oportunidade em que lhe foi solicitado o valor aproximado de R$ 3,4 milh�es a pretexto de contribui��o para campanha". O delator declarou que os valores foram pagos de maneira il�cita, sem registro eleitoral, com ci�ncia pessoal de Kassab, entre janeiro e junho de 2008.

Em 2013, ao criar o PSD, Gilberto Kassab pediu, segundo o executivo da Odebrecht, "repasses financeiros mais uma vez a pretexto das campanhas de 2014 e para a cria��o do novo partido". Aproximadamente, R$ 17,9 milh�es, entre novembro de 2013 e setembro de 2014, foram pagos "de maneira il�cita, sem registros oficiais".

BJ e Paulo Cesena relataram que esses �ltimos valores foram alocados, "para efeitos gerenciais", na Odebrecht Transport, que mantinha contratos com a prefeitura de S�o Paulo em temas relacionados � mobilidade urbana. Segundo Paulo Cesena, com a ida de Gilberto Kassab para o Minist�rio das Cidades, em 2015, a Odebrecht foi beneficiada diretamente por interven��es pol�ticas da Pasta.

O delator citou como exemplo as "debentures de infraestrutura", relacionadas � linha 6, solicita��o feita perante o Minist�rio das Cidades. Houve tamb�m, ainda segundo Paulo Cesena, um pedido de cr�dito no programa Pr�-Transporte, que foi deferido.

Defesa


Em nota, o ministro afirmou: "As apura��es em andamento sobre campanhas eleitorais e partidos pol�ticos s�o importantes para o pa�s e devem continuar, como determina a legisla��o.

Sobre o ano de 2008 o pr�prio depoente Benedicto J�nior, ao fazer afirma��es que ser�o devidamente investigadas, afirmou que n�o houve contrapartidas em obras no munic�pio.

Em 2013 o PSD j� estava consolidado e n�o havia portanto necessidade de apoio "para a cria��o de novo partido". N�o havia � �poca tamb�m sequer perspectiva de que Kassab assumisse o Minist�rio das Cidades.

Sobre os projetos citados no depoimento de Cesena, a empresa n�o conseguiu, como afirma o pr�prio depoente, realizar a emiss�o das deb�ntures ou finalizar a aprova��o do financiamento com aval de diferentes �rg�os federais. As atribui��es do Minist�rio das Cidades para o enquadramento das deb�ntures, que seriam etapa inicial nos projetos, ou a avalia��o de linhas de financiamento citadas, que foram analisadas exclusivamente a partir de crit�rios t�cnicos no ano de 2015, s�o apenas uma etapa do processo para obten��o dessas opera��es financeiras, usadas para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura nacional."


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