(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Santana diz que dinheiro de caixa 2 da Odebrecht era d�vida de campanha de Dilma


postado em 18/04/2017 20:49

S�o Paulo, 18 - O delator Jo�o Santana, marqueteiro das campanhas dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), confessou nesta ter�a-feira, 18, ao juiz federal S�rgio Moro, dos processos da Opera��o Lava Jato, em Curitiba, que os valores de US$ 10 milh�es recebidos por ele em 2011 e 2012 da Odebrecht, em conta secreta na Su��a, foram referentes � d�vida da campanha presidencial de 2010.

"Em 2011 h� dep�sitos nesse per�odo de um ano, dep�sitos feitos por offshore da Odebrecht relacionados, salvo engano, primeiro a um restante da campanha presidencial de Dilma de 2010", afirmou Santana, ouvido como r�u por Moro, depois dele fechar acordo de dela��o premiada com a Lava Jato.

O marqueteiro do PT afirmou que os valores recebidos por ele, parte na conta da offshores Shell Bill Finance, que ele mantinha na Su��a, e parte em dinheiro vivo no Brasil, pagos pelo setor de propinas da Odebrecht, tamb�m eram de outras campanhas.

"Tamb�m parte da campanha da Venezuela e um pouco de campanhas municipais que estavam se realizado em 2012 do prefeito Fernando Haddad (PT) e do candidato Patrus Ananias (PT), em Minas Gerais."

Pr�tica

O marqueteiro, que chegou a ser preso em fevereiro de 2016 e solto em agosto, ap�s iniciar negocia��o de dela��o, junto com a mulher e s�cia M�nica Moura, disse que o caixa 2 � uma pr�tica comum no mercado de marketing pol�tico.

"Houve recebimento de pagamentos n�o contabilizados?", quis saber Moro.

"Houve, constante, ali�s como � uma pr�tica no mercado de marketing pol�tico eleitoral, no Brasil e em boa parte do mundo."

"Houve pagamento n�o contabilizado proveniente do Grupo Odebrecht?", perguntou o magistrado.

"Sim, sim, bastante."

Santana e a mulher, Monica Moura, s�o r�us nesse a��o penal pelo recebimento de caixa 2 da Odebrecht, em nome do PT.

Os valores est�o registrados sob o codinome "Feira", que identificaria Santana no Setor de Opera��o Estruturadas da Odebrecht. Os valores sa�ram da conta "Italiano", que era o codinome do ex-ministro Antonio Palocci, apontado pelos delatores da Odebrecht como interlocutor do PT e da Presid�ncia com o grupo para acertos de caixa 2.

"Em 2011, a Odebrecht pagou uma parte da campanha que eles tinham combinado de pagar comigo, para mim, da campanha da presidente Dilma em 2010. Eles pagaram uma parte em dinheiro no Brasil durante a campanha e pagaram uma parte na Shelbill no ano seguinte. Logo em 2011, eles saldaram em v�rios dep�sitos num valor que ficou, que eles tinham acordado que iam pagar, eles pagaram esse valor na Shellbill."

Tesoureira

A mulher e s�cia M�nica Moura era quem cuidava da contabilidade do casal de marqueteiros do PT. Ela confirmou tamb�m a Moro que os valores eram de d�vida da campanha de Dilma e detalhou como recebeu os valores.

"Eu sei que foi pago para a gente, em 2011, R$ 10 milh�es, que foi US$ 4 milh�es e poucos mil na nossa conta Shellbill, que era referente a esses R$ 10 milh�es que a Odebrecht tinha se comprometido a pagar."

M�nica detalhou que al�m das transfer�ncias, houve repasses em dinheiro vivo.

"Eu sei que eles pagaram em 2010 uma parte em dinheiro, 5 ou 6 milh�es, n�o me lembro bem, em dinheiro durante o per�odo de campanha que eu precisava para as despesas e uma outra parte de R$ 10 milh�es foi pago na Shellbill logo no ano seguinte, eles fizeram v�rios dep�sitos."

Moro quis saber por que pagar no ano seguinte � elei��o.

"Acontecia frequentemente isso, dr. Sempre, sempre, quase sem exce��o."

Segundo ela, era acertado com os executivos do setor de propinas da Odebrecht os recebimentos.

"A gente fazia uma programa��o de pagamento, de como seria. Eu fazia com algu�m da Odebrecht, normalmente com Fernando Migliaccio ou com Hilberto. A gente fazia uma programa��o de pagamento em dinheiro ou nessa conta de x parcelas de tanto. Nem sempre dava certo, na maioria das vezes n�o dava certo. Ficava muita coisa para pagar depois."

"Quase todas as campanhas eu recebi no ano seguinte da Odebrecht o valor correspondente. Alguma coisa no mesmo ano e uma grande parte no ano seguinte."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)