
Bras�lia – Ap�s as dela��es da Odebrecht escancararem a rela��o prom�scua entre pol�ticos e empres�rios, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) pediu apoio ao presidente Michel Temer para aprovar o projeto que regulamenta o lobby. A proposta est� pronta para ser votada na C�mara desde o ano passado, mas ainda n�o foi colocada em pauta.
A deputada foi recebida por Temer nesta ter�a-feira, 18, em uma reuni�o que foi articulada pelo seu pai, o presidente do PTB, Roberto Jefferson. O ex-deputado foi respons�vel por denunciar o esquema do mensal�o petista em 2005. Ele foi condenado em 2012 a sete anos de pris�o pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo Cristiane, o projeto de regulamenta��o do lobby tem como objetivo estabelecer as regras para que entidades particulares tenham uma "rela��o limpa, transparente" e possam defender os seus interesses junto ao Legislativo e ao Executivo.
A deputada afirmou que Temer foi receptivo � ideia. Ele teria dito que n�o tem controle sobre a pauta do Congresso, mas que gosta do tema e que considera que a aprova��o do projeto seria de grande import�ncia para o Brasil.
Nos bastidores, parlamentares t�m apontado a regulamenta��o do lobby como a melhor alternativa para "descriminalizar" as doa��es de campanhas, dando liberdade para que o pol�tico defenda interesses de uma empresa no Congresso e depois possa receber doa��es para a campanha sem a suspeita de que o dinheiro seja fruto de propina. Cristiane, por�m, nega que seja essa a inten��o. Segundo ela, o texto sequer menciona a palavra doa��o.
Ainda segundo a deputada, a lista do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que determinou a abertura de inqu�ritos contra dezenas de pol�ticos na semana passada, n�o entrou diretamente na pauta do encontro.
Apesar de n�o ser alvo de investiga��o na Corte, Cristiane foi citada por um dos delatores da Odebrecht. Segundo o ex-diretor da empreiteira Leandro Azevedo, ela recebeu pessoalmente o valor de R$ 200 mil para a sua campanha a vereadora do Rio em 2012. Ela nega a acusa��o e diz que sempre manteve rela��es institucionais com a empreiteira.