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Estado de Minas

'N�o vou dizer que nada corresponde � realidade', diz Palocci sobre planilha


postado em 20/04/2017 16:07

S�o Paulo, 20 - R�u e candidato a delator da Opera��o Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci afirmou nesta quinta-feira, 20, ao juiz federal S�rgio Moro, que n�o vai "dizer que nada corresponde � realidade", ao responder sobre registro de planilha da Odebrecht de conta corrente "Italiano", que teve cr�dito de R$ 200 milh�es de caixa 2 para o PT.

Na primeira audi�ncia como r�u da Lava Jato, Palocci foi questionado por Moro sobre a "planilha posi��o programa especial Italiano".

"Segundo diz o senhor Marcelo Odebrecht, era uma refer�ncia ao senhor, a pagamentos ao Partido dos Trabalhadores, que o senhor administrava. Nada disse aqui corresponde � realidade?."

"N�o, n�o vou dizer que nada corresponde � realidade", respondeu Palocci, que seria o "Italiano".

"Vou dizer que eu jamais orientei pagamentos ou organizei pagamentos ou operei caixa 2 junto ao Marcelo. Jamais isso aconteceu."

Palocci levantou d�vidas sobre os valores existentes na planilha. "E digo mais, digo mais. Do que eu sabia, porque n�o lidava com isso, do que eu sabia dos recursos de campanha e de d�vidas de campanha com marqueteiros, me parece que esses valores s�o bem diferentes do que eu tinha de informa��es."

O ex-ministro disse desconhecer que ele seja "Italiano", das planilhas da propina.

"Ele nunca me chamou de Italiano."

O ex-ministro citou ainda dois epis�dios que indicariam que ele n�o seria Italiano. Um deles, a data da diploma��o da ex-presidente Dilma Rousseff, em que Odebrecht citou "Italia" em um e-mail. Ele afirmou que n�o estava no evento.

Nega

Palocci negou, no entanto, que tivesse negociado a concess�o de linha de cr�dito ou benef�cios para a Odebrecht, como afirmou o delator Marcelo Odebrecht.

"Salvo engano de interpreta��o minha ele disse que teria discutido com o senhor sobre uma amplia��o de cr�dito, uma linha do BNDES em Angola", quis saber Moro.

"Provavelmente ele tocou nesse assunto comigo, mas eu sempre disse isso, n�o s� para ele, como para todas as empresas, que eu jamais iria discutir com o BNDES qualquer cr�ditos, n�o era meu papel nem como deputado, nem como ministro", respondeu Palocci.

Contato

Palocci disse que tinha contato com Em�lio Odebrecht e com os dois �ltimos ex-diretores-presidentes, Pedro Novis e Marcelo Odebrecht - o herdeiro do grupo preso desde junho de 2015 pela Lava Jato.

Palocci destacou que o perfil da Odebrecht mudou com a presid�ncia de Marcelo, que assumiu o grupo em 2008.

"Marcelo era um guerrilheiro das causas da empresa. N�o estou fazendo um julgamento pessoal, � um �timo pai de fam�lia, uma �tima pessoa, estou dizendo de estilos."

O ex-ministro afirmou que seu principal interlocutor era Em�lio Odebrecht e n�o Marcelo, como afirmaram os dois delatores da Odebrecht, no acordo com a Lava Jato.

Seu contato maior com Marcelo Odebrecht, segundo Palocci, teria sido no epis�dio da Medida Provis�ria (MP) 460. "Eu era totalmente contra ela e minha posi��o ali era muito decisiva para o processo." O empres�rio queria que o ent�o ministro da Fazenda "Italiano" tivesse posi��o favor�vel ao projeto.

Petrobras

Palocci foi do Conselho de Administra��o da Petrobras de 2003, in�cio do governo Lula, a 2006, quando ele deixou o governo, no esc�ndalo do caseiro Francenildo.

Moro quis saber se havia influ�ncia pol�tico-partid�ria na indica��o dos diretores da estatal e Palocci respondeu que "havia".

O juiz da Lava Jato quis saber se o r�u tinha conhecimento que Renato Duque teria sido indicado pelo PT.

"Nunca vi uma reuni�o formal sobre isso, mas isso era comentado. Era comentado que ele tinha apoio do Partido dos Trabalhadores na sua indica��o", responde Palocci.

Moro perguntou sobre o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Lava Jato, tamb�m tinha sido indicado politicamente.

"Foi nomea��o t�cnica, mas havia coment�rios, tamb�m, que ele foi uma indica��o do PP."

A for�a-tarefa da Lava Jato descobriu que PT, PMDB e PP - partidos da base do governo Lula - lotearam as diretorias estrat�gicas da Petrobras, � partir de 2003, para arrecadar de 1% a 3% de propinas em contratos da estatal, em conluio com um cartel de empreiteiras.


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