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Estado de Minas

Empreiteiro diz que o triplex era de lula

Al�m de confirmar propriedade do im�vel no Guaruj� (SP), empres�rio L�o Pinheiro afirma em depoimento que ex-presidente teria mandado que ele destru�sse provas de propina ao PT


postado em 21/04/2017 00:12

 

Bras�lia – Um dos maiores temores do PT e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se concretizou ontem, com o depoimento ao juiz S�rgio Moro do ex-presidente da construtora OAS Jos� Aldemario Pinheiro, o Leo Pinheiro. Ele n�o s� confirmou que o ex-presidente era o dono do triplex no Edif�cio Solares, no Guaruj�, litoral de S�o Paulo, disse tamb�m que Lula pediu a ele que destru�sse documentos que seriam provas de propina pagas ao PT. Em outra audi�ncia, Palocci, considerado o principal angariador de recursos para campanhas eleitorais petistas, afirmou a Moro ter informa��es que renderiam investiga��es por mais um ano. A defesa de Lula nega as acusa��es e diz que o empreiteiro criou uma “vers�o” acordada com o MPF para conseguir acordo de dela��o.

Pinheiro prestou depoimento na 13ª Vara de Justi�a Federal, em Curitiba, no �mbito da a��o em que o ex-presidente � r�u, junto com o empreiteiro. O petista � acusado pelo Minist�rio P�blico Federal de ter recebido R$ 3,7 milh�es de propina da OAS, em valores que teriam sido pagos por meio de reformas no triplex. O pagamento da propina, fruto de contratos com a Petrobras, tamb�m teria ocorrido por meio do armazenamento de bens do ex-presidente, de 2011 a 2016.

Na audi�ncia, o empreiteiro garantiu que o triplex era, sim, de Lula e, por isso, jamais foi colocado � venda. O edif�cio pertencia � cooperativa habitacional Bancoop, que faliu e passou o controle do local � OAS. Segundo Pinheiro, foi o pr�prio Vaccari que o procurou e pediu para que a empreiteira fizesse parte do condom�nio, com justificativa de que um dos empreendimentos era de Lula. “O apartamento era do presidente Lula. Desde o dia que me passaram para estudar os empreendimentos da Bancoop j� foi me dito que era do Lula e sua fam�lia e que eu n�o comercializasse e tratasse aquilo como propriedade do presidente”, afirmou.

Pinheiro relatou ainda ter visitado o triplex com Lula e a mulher, Marisa Let�cia, e definido mudan�as no apartamento. Em seguida, segundo o depoimento, houve reuni�o com o casal, dessa vez, no apartamento do petista em S�o Bernardo do Campo (SP), em que se confirmou a reforma. “Todas essas modifica��es ocorreram ap�s solicita��o feita no dia em que fui com o presidente e a ex-primeira-dama no triplex. Foi fruto de nossa visita”, contous.

PROVAS O empreiteiro ainda afirmou que Lula pediu a ele que destru�sse provas. Ambos teriam discutido os pagamentos prestados pela construtora em maio de 2014, dois meses ap�s ser deflagrada a Lava-Jato. O ex-presidente teria perguntado a Pinheiro se ele pagava propina ao PT no Brasil ou exterior e de que forma eram feitos os pagamentos ao partido. Leo explicou que era por meio de Vaccari. Ent�o, Lula teria dito: “Voc� tem algum registro de algum encontro de contas feitas com Vaccari com voc�s? Se tiver, destrua”, afirmou o empreiteiro. Pinheiro foi condenado a 26 anos de pris�o por corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa no esquema da Petrobras e est� preso desde setembro de 2016 na carceragem da PF, em Curitiba.

A defesa de Lula atacou Pinheiro. “Ele foi claramente incumbido de criar uma narrativa que sustentasse ser Lula o propriet�rio do chamado triplex do Guaruj�. � a palavra dele contra o depoimento de 73 testemunhas, inclusive funcion�rios da OAS, negando ser Lula o dono do im�vel”, diz nota assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins. Segundo ele, a afirma��o � “fantasiosa” e contraria documentos da empresa. O advogado refuta tamb�m a acusa��o de que Lula mandou destruir provas. “� uma tese esdr�xula que j� foi veiculada at� em um e-mail falso encaminhado ao Instituto Lula que, a despeito de ter sido apresentada ao Ju�zo, n�o mereceu nenhuma provid�ncia”, afirma.

SENHA PARA
DELA��O

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Antonio Palocci afirmou a Moro que est� disposto a revelar “nomes” e informa��es de interesse da Lava-Jato. Preso desde setembro, se defendeu de acusa��es e disse que houve propina em todas as campanhas eleitorais. Ele prestou depoimento em audi�ncia na 13ª Vara Federal, em Curitiba, no �mbito da a��o que responde por corrup��o e lavagem de dinheiro. O ex-ministro negocia acordo de dela��o premiada para tentar minimizar a pena.

Ap�s falar sobre o esquema com a Odebrecht, Palocci pediu a palavra e disse a Moro: “Fico � sua disposi��o hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situa��es que eu optei por n�o falar aqui, por sensibilidade da informa��o, est�o � sua disposi��o o dia que o senhor quiser. Se o senhor estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endere�os, opera��es realizadas e coisas que v�o ser certamente do interesse da Lava-Jato”.

O ex-ministro da Fazenda teceu elogios � opera��o e afirmou que ela “realiza investiga��o de import�ncia”. “Apresento todos os fatos com nomes, endere�os e opera��es realizadas. Posso lhe dar um caminho que vai lhe dar mais um ano de trabalho, que faz bem ao Brasil”, completou, ao falar dos nomes e informa��es. Palocci confirmou que se reuniu com Marcelo e Em�lio Odebrecht e que pedia dinheiro para a empresa. Mas negou ter usado contratos da Petrobras e do BNDES e medidas no Congresso para beneficiar a empreiteira.


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