S�o Paulo, 21 - O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto J�nior afirmou, em dela��o premiada, que a empreiteira pagou R$ 19,7 milh�es ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o peemedebista exercesse influ�ncia sobre a libera��o de recursos do FI-FGTS para obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Os pagamentos, segundo o delator, foram feitos por meio de 36 parcelas de R$ 547 mil cada uma, pagas entre 2011 e 2014.
A dela��o da Odebrecht � a terceira que aponta esquema de corrup��o envolvendo Cunha na Caixa Econ�mica Federal. O empres�rio Ricardo Pernambuco J�nior, da Carioca Engenharia, entregou ao Minist�rio P�blico Federal uma tabela com 22 dep�sitos no total de US$ 4.680.297,05 tamb�m correspondentes ao Porto Maravilha.
O ex-vice-presidente da Caixa F�bio Cleto, homem forte de Cunha dentro da institui��o financeira, tamb�m relatou que o peemedebista cobrava comiss�es vari�veis de 0,3%, 0,5% ou de at� mais de 1% dos repasses feitos pelo fundo. Uma delas teria chegado a R$ 52 milh�es.
Benedicto disse ter se reunido em 2011 com Cunha, no escrit�rio pol�tico do ent�o deputado, onde o peemedebista teria pedido as propinas. Os valores exigidos pelo parlamentar foram discutidos em reuni�o entre as integrantes da Concession�ria do Porto Maravilha - OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia.
De acordo com o delator da Odebrecht, teria ficado claro que, �a partir dos pagamentos concretizados, haveria apoio do deputado Eduardo Cunha para eventuais libera��es futuras do FI-FGTS para o Porto Maravilha, no Rio�.
No sistema Drousys, utilizado pelo Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht - o �departamento de propina� da empreiteira - para controlar o pagamento de vantagens indevidas, Cunha tinha o apelido de �Caranguejo�. Procurada, a defesa de Cunha n�o se manifestou at� a conclus�o desta edi��o. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
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Cunha recebeu mesada por tr�s anos, afirma delator
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