Rio, 23/04/2017, 23 - Um dos trunfos do governo do Rio para come�ar a sair da crise era aprovar na Assembleia Legislativa o aumento da al�quota previdenci�ria regular de 11% para 14% e a cria��o de uma contribui��o extra de 8%. Mas uma das contrapartidas do regime � medida ainda n�o foi aprovada. �J� estamos em abril. S�o quatro meses de �gap�. Isso compromete o ajuste�, disse ao Estado o secret�rio estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa.
Segundo o secret�rio, quando a contrapartida for aprovada, s� entrar� em vigor ap�s 90 dias, o que significa que, na pr�tica, o primeiro semestre j� foi perdido. �O Estado j� est� em situa��o completamente falimentar. Quanto maior a posterga��o, maior o tempo para voltar � normalidade�, afirmou.
O governo fluminense j� descarta cumprir a meta de ajuste de R$ 26 bilh�es em 2017. Para chegar ao ambicioso resultado, precisaria ver aprovadas medidas como o aumento da al�quota previdenci�ria. O buraco estimado para 2017 � de R$ 22 bilh�es, dos quais R$ 12 bilh�es de d�ficit previdenci�rio.
Pacote. Barbosa refor�ou a urg�ncia da vota��o do Regime de Recupera��o Fiscal, que na semana passada teve seu texto-base votado na C�mara dos Deputado ap�s v�rios adiamentos.
O pacote pretende viabilizar um empr�stimo de R$ 6,5 bilh�es ao Estado, lastreado na privatiza��o da Companhia Estadual de �guas e Esgotos (Cedae) e na antecipa��o de receitas com nova securitiza��o de royalties futuros do petr�leo. Inclui ainda o adiamento do pagamento da d�vida com a Uni�o por tr�s anos e teto de gastos nos pr�ximos dez anos.
�Entendo que � o caminho, com muita dureza. Voc� n�o sai de um d�ficit abissal sem um ajuste fiscal forte�, disse Barbosa. Ele creditou a crise a fatores como recess�o, apag�o da ind�stria de �leo e g�s em decorr�ncia dos problemas da Petrobr�s, queda da arrecada��o de royalties, d�ficit previdenci�rio e engessamento do or�amento. �N�o h� como fechar o caixa.� As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.