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Estado de Minas

'N�o fez parte de nenhum acerto', diz Okamotto sobre guarda dos bens de Lula


postado em 04/05/2017 20:25

S�o Paulo, 04 - O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, afirmou, em depoimento ao juiz S�rgio Moro, no �mbito do processo que investiga propinas da OAS ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que a manuten��o dos bens do petista "n�o fez parte de nenhum acerto".

As acusa��es contra Lula s�o relativas ao suposto recebimento de vantagens il�citas da empreiteira OAS por meio de obras no triplex do Guaruj�, no Condom�nio Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016. Al�m de Lula, o presidente do Instituto tamb�m � r�u na a��o.

Questionado a respeito da den�ncia, Okamotto afirmou a Moro que a manuten��o dos bens do ex-presidente pela OAS, em contrato com a Granero, "n�o fez parte de nenhum acerto".

"Foi contribui��o de uma empresa que apoia um projeto cultural, de preservar a hist�ria", avaliou.

Okamotto contou que, ao final do mandato do ex-presidente, recebeu uma liga��o do ent�o chefe do gabinete de Lula, em 2010, para tratar sobre qual destino seria dado aos bens do petista. De acordo com o chefe do Instituto Lula, os itens chegavam a ocupar 11 caminh�es.

Inicialmente, Okamotto disse tentar or�amentos para que os bens ficassem no Sebrae e no Sindicato dos Metal�rgicos, mas n�o obteve �xito. "Tamb�m recebi informa��o que parte do material foi encaminhado ao Banco do Brasil. As coisas de mais valor. Eram placas comemorativas de pessoas que d�o, pessoas, entidades, medalhas, viagem que o presidente fez".

De acordo com Okamotto, os bens do ex-presidente n�o poderiam ficar na sede do Instituto e a entidade tamb�m n�o tinha condi��es de bancar o armazenamento. Teria surgido ent�o, segundo Okamotto, a ideia de entrar em contato com a empresa Granero. "Eu entrei em contato com a Granero e falei a eles sobre a dificuldade. Eles disseram que tinham condi��es de guardar. Eu visitei o local, vi que eles tinham container para guardar".

O contrato com a Granero teria sido firmado provisoriamente, at� que o Instituto tivesse condi��es de pagar pelo armazenamento, segundo Okamotto. Ap�s alguns meses, empresa passou a dizer ao Instituto que n�o teria mais interesse de manter o material. O presidente da entidade ent�o disse ter procurado o presidente da OAS.

"O doutor L�o [L�o Pinheiro, presidente da OAS] foi visitar Lula e eu perguntei: O senhor n�o tem acervo para guardar o acervo presidencial? Ele disse que n�o. Eu contei o problema com a Granero. Ele disse que devia ter algum contrato com a Granero. Ele deu um retorno, disse que tinha neg�cio com a Granero. Eu chamei o cara da Granero, expliquei que a OAS poderia apoiar alguns meses de aluguel at� achar uma alternativa e a� a Granero fez contrato com a OAS", afirmou.

Na vers�o de Okamotto, o Instituto n�o chegou a pagar a OAS pelo armazenamento, e continuou com dificuldades de encontrar outro lugar para manter os bens de Lula. A entidade teria procurado o ex-prefeito Gilberto Kassab, que chegou a enviar um projeto � C�mara Municipal para destinar os itens, mas a iniciativa teria sido barrada pelo Minist�rio P�blico Estadual.

Defesa

De acordo com o advogado de defesa, o criminalista Fernando Fernandes, o ex-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, respondeu em seu interrogat�rio todas as perguntas, "esclarecendo a inexist�ncia de qualquer crime relacionado a manuten��o do acervo presidencial".

"O juiz S�rgio Moro tem todos os elementos para absolvi��o quanto a esta acusa��o despropositada, que j� conta com parecer da Procuradoria da Rep�blica para o trancamento da a��o", afirma Fernandes.

O advogado destaca "a conson�ncia das respostas de Paulo Okamotto com os depoimentos do executivo da transportadora Granero, Emerson Granero, e do ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro".

"Embora Okamotto n�o seja co-r�u na acusa��o sobre o tr�plex no Guaruj�, fez quest�o de esclarecer o que sabia, informando que dona Marisa (ex-primeira dama, falecida em fevereiro deste ano) mandou liberar a venda do apartamento, no pr�dio Solaris, pois Lula disse ainda que n�o compraria o im�vel porque n�o poderia usufruir."


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