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Estado de Minas

Criador de 'Dilma Bolada' ganhou R$200 mil para reativar perfil, diz delatora


postado em 11/05/2017 20:13

Bras�lia, 11 - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ficou "furiosa" com a retirada do ar da p�gina Dilma Bolada durante a campanha eleitoral de 2014, disse a empres�ria M�nica Moura ao Minist�rio P�blico Federal (MPF). Segundo a delatora, a petista pediu que o problema fosse resolvido por meio de pagamento ao publicit�rio Jeferson Monteiro, respons�vel pelo perfil. Jeferson teria recebido R$ 200 mil para retomar a atividade de Dilma Bolada nas redes sociais.

Em julho de 2014, Monteiro desativou o perfil, que contava com cerca de 1,5 milh�o de seguidores na �poca. As postagens foram retomadas depois de seis dias.

De acordo com anexo da dela��o de M�nica Moura, Dilma ficou "furiosa" com a retirada da p�gina Dilma Bolada no ar e exigiu que o problema fosse "imediatamente" resolvido pela P�lis Propaganda e Marketing, empresa de M�nica e de seu marido, o marqueteiro Jo�o Santana. A delatora contou ao Minist�rio P�blico Federal que ligou para Jeferson Monteiro e acertou que o problema seria resolvido.

"M�nica Moura utilizou parte dos pagamentos que recebia por fora em esp�cie (propina) e realizou o pagamento de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) ao publicit�rio em esp�cie, que reativou a p�gina no dia 29 de julho do mesmo ano", diz o anexo da dela��o de M�nica.

A delatora disse ao MPF que depois comentou com o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, que estava fazendo isso como um ato de boa vontade pois o contrato da P�lis "n�o previa esse tipo de responsabilidade".

Favores

Um outro fato narrado por M�nica Moura no mesmo anexo trata de um suposto pedido de Dilma Rousseff para que o casal de marqueteiros tamb�m arcasse com os custos de seu cabeleireiro e de sua camareira, mesmo ap�s o encerramento da campanha.

M�nica Moura teria pago "diversas vezes" o cabeleireiro Celso Kamura, que atendeu a petista durante os anos de 2010 e 2014. Na maioria das vezes, o pagamento teria sido feito em dinheiro vivo entregue no escrit�rio do cabeleireiro em S�o Paulo, "utilizando os valores recebidos por fora".

De acordo com a delatora, cada di�ria de Kamura - incluindo o deslocamento ao Pal�cio da Alvorada e os servi�os de cabelo e maquiagem � ent�o presidente - girava em torno de R$ 1,5 mil. O valor total desembolsado ao cabeleireiro teria chegado a R$ 50 mil.

M�nica Moura entregou ao MPF uma s�rie de passagens a�reas emitidas em nome de Kamura.

"Trabalhei para a produtora dela, sim, nas campanhas, era remunerado. Quem pagava, sinceramente eu n�o sei, porque n�o era eu quem recebia. Qual o problema?", questionou o cabeleireiro ao Estado. "Eu nunca recebi, eu mesmo nunca peguei esse dinheiro", disse Kamura.

Procurado pela reportagem, Jeferson Monteiro informou que n�o falaria com o jornal. Em seu perfil pessoal no Facebook, o publicit�rio ironizou as acusa��es.

"Algu�m, por gentileza, me avisa onde que tenho que retirar a quantia porque estou com o aluguel atrasado e o telefone cortado. Obrigado!", escreveu Monteiro.

Em nota enviada � imprensa, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que Jo�o Santana e M�nica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas amea�as dos investigadores".

"Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justi�a e sabe que a verdade vir� � tona e ser� restabelecida", conclui a nota de Dilma.

(Rafael Moraes Moura, Breno Pires, Beatriz Bulla e)


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