S�o Paulo e Bras�lia, 12 - A empres�ria Monica Moura reclamou, em sua dela��o premiada, que ningu�m do PT procurou a ela ou ao seu marido, o publicit�rio Jo�o Santana, para prestar solidariedade quando foram presos pela Pol�cia Federal, em fevereiro de 2016, na Opera��o Acaraj�, desdobramento da Lava Jato.
Em depoimento a procuradoras da Rep�blica, Monica foi indagada. "Na pris�o algu�m do Partido dos Trabalhadores procurou voc�s?"
"Nunca, nem nossos filhos pra dizer uma palavra de apoio, nunca", respondeu a delatora.
"A Dilma n�o?", indagou uma procuradora.
"Nunca."
"Nenhum emiss�rio da Dilma?"
"Nunca, nunca."
"N�o tinham medo que voc�s falassem alguma coisa?", seguiu a procuradora.
"Imagino que sim, imagino que sim, mas nunca mandaram nenhum recadinho de apoio, nem um recadinho de amea�a, nem um recadinho de medo, nenhuma... nada, nada, zero, nem ela (Dilma)", afirmou Monica.
"Por que isso?"
"Sei l�, medo de se envolver em alguma coisa, medo de... sei l�, medo, desespero."
"Nem Lula?"
"N�o, nunca mais desde essa �poca, tem um ano, que n�o falamos com nenhum deles."
A procuradora perguntou, ent�o, se quando ainda estavam em liberdade, mas j� acuados pela Lava Jato, se n�o pensaram em falar com o ex-presidente Lula.
"N�o, com Lula n�o", disse Monica.
"Jo�o n�o falou com Lula?"
"Com Lula, n�o. Nessa �poca, n�o. Isso foi em 2015 j�."
"N�o tinham a impress�o que como Dilma n�o estava resolvendo, Lula n�o podia interceder?"
"Dilma era presidente da Rep�blica. Se ela n�o podia resolver, imagina Lula que n�o era mais nada. Era uma coisa que n�o tinha sa�da, n�o tinha muito o que fazer. Fugir a gente n�o ia jamais. Ela (Dilma) n�o podia chegar e proibir nossa pris�o."
Defesa
Em nota enviada � imprensa na quinta-feira, 11, ap�s o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar o sigilo da dela��o do casal, a assessoria de Dilma Rousseff disse que Jo�o Santana e M�nica Moura "prestaram falso testemunho e faltaram com a verdade em seus depoimentos, provavelmente pressionados pelas amea�as dos investigadores". "Apesar de tudo, a presidente eleita acredita na Justi�a e sabe que a verdade vir� � tona e ser� restabelecida", afirma a nota. COLABORARAM BERNARDO GONZAGA E LIANA COSTA, ESPECIAIS PARA AE
(Fausto Macedo, Rafael Moraes Moura e Breno Pires)