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Estado de Minas

Lula ficou irritado com exig�ncias do PMDB para apoiar Dilma, diz marqueteiro


postado em 13/05/2017 17:55

Bras�lia, 13 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ficou �irritado� com as exig�ncias do PMDB para apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) � Presid�ncia da Rep�blica em 2010, disse o marqueteiro Jo�o Santana ao Minist�rio P�blico Federal (MPF). Segundo Jo�o Santana, Lula preferia que o ent�o ministro da Defesa, Nelson Jobim, fosse o vice de Dilma naquela campanha eleitoral.

Em sua dela��o premiada, Jo�o Santana conta o epis�dio de um jantar no Pal�cio da Alvorada, em que se reuniu com o ent�o presidente Lula e o n�cleo duro da campanha de Dilma para tratar das elei��es de 2010.

�Ele estava profundamente exasperado dizendo que n�o ia coligar (com o PMDB). Que se dependesse dele, n�o ia coligar com o PMDB, porque o PMDB estava fazendo exig�ncias absurdas�, disse Santana aos procuradores.

�T� ficando imposs�vel atender as exig�ncias do PMDB�, afirmou Lula, conforme o depoimento do marqueteiro.

O delator n�o soube detalhar quais seriam as exig�ncias absurdas do PMDB para fazer parte da chapa de Dilma. Segundo Santana, em sua forma de interpreta��o, as exig�ncias poderiam ser tanto pol�ticas, envolvendo loteamento futuro de cargos na administra��o p�blica, quanto apoio financeiro, ou uma combina��o das duas coisas.

�Ele (Lula) estava profundamente exasperado, irritado�, afirmou Santana. Conseguir o apoio do PMDB era considerado fundamental para a campanha, devido principalmente ao tempo que o partido teria a oferecer a Dilma no hor�rio eleitoral.

De acordo com o delator, na �poca do jantar ainda se discutia o nome de quem seria o vice da petista. Entre os nomes cogitados, estavam o do ent�o vice-presidente Jos� Alencar, mas a imposi��o do PMDB foi pelo nome de Michel Temer.

�A prefer�ncia do Lula era Nelson Jobim, que seria o candidato ideal�, disse Santana.

Perfil.

O marqueteiro conta que, desde o in�cio, estava claro que Temer �n�o somava nada� � campanha do ponto de vista eleitoral.

�N�s fazemos teste de perfil de vice. O Temer n�o tinha um perfil, nunca teve. Era pouco conhecido e onde era conhecido, sofria cr�ticas. E n�o havia uma sinergia entre os perfis dele e da Dilma, ao contr�rio. A Dilma precisava na verdade ter um pol�tico mais jovem, mais aberto, mais carism�tico, que compensasse (isso), sem engoli-la�, comentou Santana.

Em seu depoimento, Santana tamb�m revelou detalhes sobre sua estrat�gia ao elaborar o marketing pol�tico de campanhas eleitorais.

�Uma candidata com baix�ssimo n�vel de conhecimento, como era Dilma, obviamente precisa de mais tempo (no hor�rio eleitoral). Quanto menor o �ndice de conhecimento tem um candidato, necessita de mais tempo. Vem da� as grandes coliga��es. Quem tem o poder pol�tico e econ�mico tem mais possibilidades�, afirmou.

�Independente da circunst�ncia espec�fica de um candidato, com a experi�ncia eu adquiri uma m�dia, que na minha cabe�a, eu dizia �Nunca menos de 8 minutos (de hor�rio na TV) e nunca mais de 10�. Porque 10 � over, e menos de 8 voc� n�o tem tempo pra fazer uma campanha�, contou o marqueteiro.

Com a palavra, a defesa de Lula

Em nota enviada � imprensa, o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, afirmou que a Lava Jato �investe numa f�brica de delatores para falarem o nome de Lula em troca de vantajosos benef�cios�. �Mas a palavra de delator n�o tem valor de prova, segundo a lei, ao contr�rio da palavra de testemunhas�, diz a nota.

Com a palavra, as assessorias do PMDB e do presidente Michel Temer

At� a publica��o deste texto, as assessorias do PMDB e de Temer n�o haviam respondido � reportagem.

(Rafael Moraes Moura)


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