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Estado de Minas

Nova defesa de Palocci diz que Lava Jato n�o fez 'exig�ncias' para dela��o


postado em 14/05/2017 19:19

Bras�lia e S�o Paulo, 14 - Os novos advogados de Antonio Palocci informaram neste domingo, 14, que a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato n�o fez 'qualquer exig�ncia, nem sequer m�nima alus�o' para que o ex-ministro (Fazenda e Casa Civil dos Governos Lula e Dilma) trocasse de defesa como condi��o para negociar dela��o premiada. Palocci trocou seu quadro de defensores na sexta-feira, 12.

Desde o in�cio da Lava Jato - e tamb�m em outras causas de grande repercuss�o - ele era representado pelo criminalista Jos� Roberto Batochio, de S�o Paulo.

Preso desde setembro de 2016 na Opera��o Omert�, desdobramento da Lava Jato, o ex-ministro j� � r�u em duas a��es penais, uma delas sobre propinas de R$ 128 milh�es que teria recebido da empreiteira Odebrecht - parte do valor supostamente repassado para o PT.

Em mar�o, interrogado pelo juiz S�rgio Moro, o ex-ministro de Lula e Dilma acenou claramente com a disposi��o de colaborar. Disse, na ocasi�o, que teria nomes e situa��es para revelar e que tais dados fariam esticar a Lava Jato por mais um ano, pelo menos.

Durante esses meses de pris�o ele ainda mantinha expectativa de ganhar liberdade por meio do cl�ssico caminho do habeas corpus nos tribunais superiores. Mas as investidas foram todas infrut�feras, embora ainda pendente um pedido no Supremo Tribunal Federal - o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mandou o habeas de Palocci para o Plen�rio, mas sem data para aprecia��o.

Diante do risco de permanecer na cadeia por uma longa temporada - a exemplo de seus pares do PT, como Jo�o Vaccari Neto, sob cust�dia desde abril de 2015 -, Palocci decidiu buscar acordo de dela��o premiada e abriu m�o de Batochio.

Batochio � um veterano da advocacia que rigorosamente n�o atua em demandas de delatores. Na pr�pria Lava Jato ele saiu da defesa do lobista Julio Camargo que fez dela��o e revelou propina de US$ 5 milh�es para o ex-presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a dela��o como atalho para deixar a pris�o.

A mudan�a teria sido uma exig�ncia dos procuradores do Minist�rio P�blico Federal para iniciar a negocia��o. Os procuradores teriam imposto a troca da defesa, o que � negado com veem�ncia pelo escrit�rio Bretas. Eles tamb�m teriam recomendado a Palocci que desistisse do habeas corpus.

Em nota divulgada neste domingo, o Bretas Advogados, estabelecido em Curitiba - base da Lava Jato -, fez um esclarecimento p�blico, no qual destaca que 'a �tica conduz e sempre conduziu seus trabalhos'.

O texto � subscrito pelos advogados Adriano Bretas, Tracy Reinaldet, Andr� Pontarolli e Matteus Macedo.

Eles observam que o advogado que os antecedeu 'sempre anunciou publicamente que, dependendo da alternativa escolhida pelo cliente na estrat�gia de sua defesa, renunciaria � causa'.

"N�o houve qualquer exig�ncia, nem sequer m�nima alus�o, por parte do Minist�rio P�blico Federal ou da Pol�cia Federal na contrata��o ou destitui��o deste ou daquele escrit�rio", sustentam Bretas e sua equipe. Tal escolha foi feita por livre e espont�nea vontade do sr. Antonio Palocci Filho."

Bretas Advogados tamb�m fustigou a vers�o sobre eventual desist�ncia do pedido de habeas. "Desistir ou prosseguir no habeas corpus � uma escolha livre e exclusiva da defesa, sem qualquer interfer�ncia, muito menos 'exig�ncia', do Minist�rio P�blico Federal, da Pol�cia Federal ou de quem quer que seja."

(Rafael Moraes Moura e Fausto Macedo)


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