S�o Paulo, 15 - Repetindo que n�o � candidato a cargo p�blico em 2018, o prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), sugeriu que a defini��o sobre uma eventual candidatura sua em 2018 ser� tomada no ano que vem. Em entrevista ao Financial Times, em Nova York, o tucano disse que h� um cansa�o dos brasileiros em rela��o � classe pol�tica e uma injusti�a ao generalizar todos.
"Eu n�o sou candidato. Eu sou prefeito da cidade de S�o Paulo e a minha miss�o, a minha obriga��o, � continuar sendo um bom prefeito. E tudo a seu tempo. 18 em 18", disse Doria na entrevista, que foi transmitida por sua p�gina no Facebook.
Tamb�m nos Estados Unidos, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), padrinho pol�tico de Doria, voltou a falar que est� preparado para ser candidato a presidente pelo partido. O prefeito afirmou que no pr�ximo ano os eleitores dever�o votar em quem oferece alternativas de gest�o na administra��o p�blica.
"Eu acredito na retomada do conceito de que � mais importante acreditar em candidatos que possam oferecer alternativas de gest�o, de efici�ncia para a administra��o p�blica brasileira", afirmou o prefeito. Falando sobre seu perfil, o tucano repetiu seu jarg�o ao dizer que n�o � pol�tico.
Doria destacou que espera a aprova��o das reformas previdenci�ria e trabalhista em 2017 e que o ano que vem seja "coroado" com a elei��o de candidatos que tenham compromissos verdadeiros com o Brasil, "e n�o ideologicamente inspirados". O prefeito reconheceu que h� um descontentamento no Pa�s com a classe pol�tica por causa dos casos de corrup��o. "H� um certo cansa�o da popula��o em rela��o � classe pol�tica, ainda que injusto ao generalizar", disse.
Mais uma vez, o tucano criticou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e disse que n�o ser� com o petista que o Brasil vai mudar depois de a imagem do Pa�s ter sido "colocada no ch�o" durante as gest�es petistas.
"Mas essa � uma decis�o soberana, o povo deve decidir, al�m da Justi�a, j� que Luiz In�cio Lula da Silva tem cinco processos que ele est� respondendo criminalmente", declarou.
Ele voltou a culpar os governos de Lula e Dilma Rousseff por "produzir" 14 milh�es de desempregados e o maior "assalto ao dinheiro p�blico" na Petrobras. O tucano disse ainda que houve pagamento de pol�ticos e a compra de "ju�zes, facilidades, luxos, lanchas, autom�veis de luxo, apartamentos e obras de artes" com dinheiro da corrup��o.
O prefeito afirmou que acredita na valoriza��o de uma pol�tica mais liberal no Brasil. Nesse contexto, ele afirmou que as propostas do presidente Michel Temer (PMDB) em reformar a Previd�ncia e as rela��es trabalhistas n�o foram bem comunicadas pelo governo, mas que isso foi corrigido na sequ�ncia.
"A comunica��o n�o foi bem feita. Agora, sim, est� correta e o apoio cresceu. Tenho convic��o que podemos aprovar essas duas reformas no Congresso Nacional", disse.
(Daniel Weterman)