'Dela��es visam liberdade a qualquer custo', diz ex-tesoureiro de Dilma

Bras�lia, 15 - Ex-tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014, Edinho Silva rebateu, nesta segunda-feira, 15, o relato dos marqueteiros Jo�o Santana e M�nica Moura e disse que as dela��es premiadas s�o feitas para que os delatores alcancem a liberdade. "As dela��es s�o feitas num ambiente em que o delator quer a liberdade a qualquer custo", disse.

Edinho foi ministro da Secretaria de Comunica��o e hoje � prefeito de Araraquara, no interior de S�o Paulo. Respons�vel pela contabilidade da campanha presidencial petista, Edinho recha�ou a acusa��o de que houve caixa 2 na campanha, afirmou que os pagamentos aconteceram de forma l�cita, por meio de transfer�ncia banc�ria.

Ao total, segundo o ex-tesoureiro, foram R$ 70 milh�es pagos aos marqueteiros, valor que ele classificou na �poca de "absurdo". O prefeito condenou o ambiente de desespero que permeia as dela��es e afirmou que o momento � de se apresentar as provas. "Agora tem de ter de ter a materialidade", cobrou.

Edinho participa de um evento no plen�rio da C�mara dos Deputados que discute a situa��o financeira dos munic�pios brasileiros. O petista evitou comentar a possibilidade de dela��o premiada do ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. "Precisa ver se ele vai fazer a dela��o", respondeu.

Sobre o depoimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao juiz S�rgio Moro, na semana passada, Edinho concluiu que o l�der petista foi "muito transparente". "Ele fez o que � poss�vel num depoimento", disse.

Sa�da pol�tica

O ex-tesoureiro manifestou preocupa��o com o momento pol�tico do Pa�s, apontou o "esfacelamento das institui��es" e defendeu que as principais lideran�as pol�ticas fa�am um pacto pela democracia para dar "tranquilidade institucional". "Tem de ter uma sa�da no campo da democracia", pregou.

Na opini�o do petista, "todos os partidos est�o no fundo do po�o" e precisam dialogar. De acordo com Edinho, o ex-presidente Lula est� disposto a esse di�logo. "As alternativas que emergem s�o no campo do autoritarismo", observou. Neste cen�rio de crise pol�tica, afirmou Edinho, a economia n�o ter� chances de retomar o crescimento. "N�o h� reforma que fa�a a economia retomar se n�o construirmos uma sa�da pol�tica", afirmou.

(Daiene Cardoso)