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Estado de Minas

Cita��es da Odebrecht s�o 'balela', rebate Marconi Perillo (PSDB)


postado em 16/05/2017 14:25

S�o Paulo, 16 - O governador de Goi�s, Marconi Perillo (PSDB), convocou uma coletiva de imprensa nesta ter�a-feira, 16, para se defender das dela��es de executivos e ex-executivos da Odebrecht no �mbito da Opera��o Lava Jato. Em uma sala no Pal�cio das Esmeraldas, sede do governo goiano, Perillo exibiu em um tel�o os trechos dos v�deos de dela��es que citam seu nome e, durante uma hora, procurou rebater cada cita��o e responder a perguntas de jornalistas. Ele negou que tenha recebido ou negociado qualquer valor il�cito para suas campanhas eleitorais de 2010 e 2014 e disse ter certeza que a verdade ser� restabelecida no Superior Tribunal de Justi�a (STJ), �rg�o que pode autorizar a abertura de inqu�rito contra o governador.

Em rela��o � principal acusa��o que consta nas dela��es, de que teria pedido uma contribui��o de R$ 50 milh�es da empreiteira para a campanha de reelei��o, em 2014, o tucano afirmou que essa cita��o chega a ser "rid�cula".

"Isso � falso e desconectado com a realidade. Nem se eu fosse candidato a presidente teria tamanha ousadia", disse o governador. Em outro momento da coletiva, Perillo classificou a acusa��o como "balela" e uma "conversa sem p� nem cabe�a".

Ele confirmou que conversou com o empreiteiro Marcelo Odebrecht para pedir uma contribui��o, assim como fez com outras grandes empresas, mas que n�o conversou sobre valores.

O governador ressaltou que a Odebrecht doou R$ 300 mil para sua campanha ao governo de Goi�s em 2010 e mais R$ 2,2 milh�es para a reelei��o, em 2014. Ele afirmou que a coliga��o arrecadou, em 2014, R$ 34 milh�es para todas as campanhas majorit�rias no Estado de diversas empresas.

"N�o tem menor cabimento pedir a uma empresa um valor que poderia corresponder ao gasto de toda a campanha, n�o teria nem amparo legal ter um �nico doador", disse.

O tucano afirmou que n�o houve, durante seu governo, qualquer favorecimento � Odebrecht em obras e licita��es e que n�o � poss�vel configurar alguma troca il�cita entre sua gest�o e a empreiteira.

O governador goiano alegou que todas as contribui��es eleitorais foram registradas e aprovadas na Justi�a Eleitoral e que nunca pediu ou recebeu dinheiro de caixa 2 para campanhas. De acordo com as dela��es, a empreiteira acabou pagando caixa dois de R$ 8 milh�es � campanha de Perillo. Em 2010, o tucano j� havia recebido R$ 2 milh�es de caixa dois � primeira campanha, ainda segundo os depoimentos de colaboradores.

"N�o cometemos nenhum ato de corrup��o e desvios, acusa��es que, � bom repetir, sequer constam no pedido de investiga��o. Mais do que isso, n�o recebemos nenhuma doa��o ilegal ou de caixa dois nas campanhas. �s vezes eu era acusado de ter feito campanhas caras, o que sempre ocorreu � que sempre fiz campanhas transparentes", disse o governador.

Ele ainda apontou que advers�rios declararam campanhas baratas, mas receberam dinheiro de caixa dois. "Muitos fizeram caixa 2 e �s vezes n�o s�o citados", apontou o governador, que disse n�o ter como provar que outros pol�ticos receberam caixa 2.

"Mas, no nosso caso, n�s sempre colocamos no teto os valores de campanha para que realmente n�s fiz�ssemos as campanhas sem a necessidade de caixa dois", declarou.

Constrangimento

O tucano disse ainda que ficou constrangido com as dela��es e acusou setores da imprensa de nivelar todos os pol�ticos "por baixo". "� evidente que as cita��es me constrangem, como constrangem a qualquer cidad�o de bem e a qualquer democrata. Entretanto, tenho a cabe�a erguida e a consequ�ncia tranquila de que nada fizemos de errado", declarou.

Perillo tamb�m dirigiu ataques aos delatores, afirmando que n�o se pode acreditar em afirma��es feitas "sob press�o".

"Ali�s, quem pode dizer que v�rios desses delatores, que v�rias dessas empresas, n�o embolsaram parte do dinheiro que deveria ser destinado a caixa dois, propina. Quem pode comprovar que isso n�o teria acontecido?", questionou.

O goiano disse que far� sua defesa no STJ, se houver uma den�ncia, e que a "verdade vai prevalecer".

Cr�ticas

Criticando a "superexposi��o" gerada pelo Judici�rio, Minist�rio P�blico e pela imprensa, o governador afirmou que parte desses setores querem nivelar toda a classe pol�tica "por baixo" e at� aniquilar os pol�ticos.

"Eu n�o sei quem � que substituiria pessoas t�o experientes que est�o na pol�tica em um momento t�o grave como passa o Brasil", disse Perillo. "Eu duvido que algum procurador de Justi�a desses daria conta de vir ao Executivo e fazer governos avan�ados, progressistas, transformadores, realizadores", atacou.

Lula

Durante a coletiva, o tucano tamb�m se defendeu da Opera��o Monte Claro, deflagrada em 2012 e que foi objeto de den�ncia do Minist�rio P�blico Federal (MPF) em mar�o deste ano. O MPF ofereceu den�ncia contra o governador por suspeita de receber vantagens indevidas para viabilizar contratos do poder p�blico com a Construtora Delta durante seu 3� mandato, entre 2011 e 2012.

Ele classificou as acusa��es como uma farsa montada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) para prejudicar advers�rios e citou uma decis�o judicial que condenou um jornalista por ter divulgado informa��es sobre a opera��o.

Autoriza��o da AL

Por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF), Marconi Perillo e outros governadores citados nas dela��es da Odebrecht poder�o ser investigados no STJ sem necessidade de autoriza��o pr�via da Assembleia Legislativa. O governador afirmou que n�o tem nenhuma preocupa��o quanto a isso, mas que defendia a prerrogativa dos deputados autorizarem qualquer processo na Justi�a.

(Daniel Weterman)


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