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Estado de Minas

Janot diz que pris�o de procurador "tem gosto amargo"

�ngelo Goulart Villela � alvo de um mandado de pris�o nesta quinta-feira por suspeita de negociar propina para vazar informa��es de investiga��es sobre a JBS


postado em 18/05/2017 10:31 / atualizado em 18/05/2017 10:53

(foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)
(foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

Bras�lia e S�o Paulo - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, afirmou nesta quinta-feira, 18, a seus pares que a pris�o do procurador da Rep�blica �ngelo Goulart Villela "tem gosto amargo". �ngelo Goulart Villela � alvo de um mandado de pris�o nesta quinta-feira por suspeita de negociar propina para vazar informa��es de investiga��es sobre a JBS.

Conforme a dela��o de Joesley Batista, acionista do grupo, e outros elementos de prova colhidos pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), o esquema teria envolvido a negocia��o de pagamentos de R$ 50 mil mensais ao procurador.

Villela � integrante da equipe do vice-procurador geral eleitoral, Nicolau Dino, e recentemente estava cedido � for�a-tarefa das opera��es Greenfield, Cui Bono e S�psis, que apura crimes relacionados � JBS.

Joesley e os outros delatores da JBS teriam entregado provas de que o procurador repassou dados das apura��es em curso aos investigados.

Leia a �ntegra da nota


"Prezados colegas,

Foi deflagrada nesta quinta-feira, 18 de maio, mais uma fase do caso Lava Jato, especificamente a partir de investiga��es que correm perante o Supremo Tribunal Federal. O sucesso desta etapa, contudo, tem um gosto amargo para a nossa Institui��o.

H� tr�s anos, revelou-se um esquema criminoso que estarrece os brasileiros. As investiga��es realizadas pelo Minist�rio P�blico Federal e outros �rg�os p�blicos atingiram diversos n�veis dos Poderes da Rep�blica em v�rios Estados da Federa��o e, aquilo que, at� ent�o, estava restrito aos c�rculos da pol�tica e da economia, acabou chegando � nossa Institui��o.

Exercer o cargo de Procurador-Geral da Rep�blica imp�e, n�o poucas vezes, a tomada de decis�es dif�ceis. Nesses momentos, o �nico caminho seguro a seguir � o cumprimento irrestrito da Constitui��o, das leis e dos deveres institucionais. N�o h� outra forma leg�tima de ser Minist�rio P�blico.

A meu pedido, o ministro Edson Fachin determinou a pris�o preventiva do procurador da Rep�blica �ngelo Goulart Villela e do advogado Willer Tomaz. A medida est� embasada em robusta documenta��o, coletada por meio de a��o controlada. As pris�es preventivas de ambos foram por mim pedidas com o objetivo de interromper suas atividades il�citas. No que diz respeito ao procurador da Rep�blica, o mandado de pris�o expedido pelo STF foi executado por dois procuradores regionais da Rep�blica com o aux�lio da Pol�cia Federal. Tamb�m foram realizadas buscas e apreens�es em seus endere�os residenciais e funcionais. Foi pedido ainda o afastamento do procurador de suas fun��es no Minist�rio P�blico Federal. Determinei tamb�m sua exonera��o da fun��o de assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral junto ao TSE e revoguei sua designa��o para atuar na for�a-tarefa do caso Greenfield.

O membro e o citado advogado s�o investigados por tentativa de interferir nas investiga��es da referida opera��o, que envolve o Grupo J&F, e de atrapalhar o processo de negocia��o de acordo de colabora��o premiada de Joesley Batista.

A responsabilidade criminal do procurador e dos demais suspeitos atingidos pela opera��o de hoje ser� demonstrada no curso do processo perante os ju�zos competentes, asseguradas todas as garantias constitucionais e legais.

Como Procurador-Geral da Rep�blica, cumpri meu dever institucional e adotei as medidas que a Constitui��o e as leis me impunham.

Sigamos confiando nas institui��es republicanas."


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