Bras�lia, 18 - Em conversa com integrantes da bancada do PSDB do Senado logo ap�s virem a p�blico as den�ncias do dono da JBS, Joesley Batista, o presidente do partido, senador A�cio Neves (PSDB-MG), falou sobre o caso. Ele n�o negou ter procurado o dono da marca JBS para tentar levantar recursos para pagar os advogados, que atuam em sua defesa na Lava Jato, mas insistiu na tese de que foi um pedido de car�ter pessoal. O valor negociado, segundo informou o jornal "O Globo" seria de R$ 2 milh�es.
Preocupados com o impacto sobre a legenda das acusa��es, integrantes da bancada do PSDB do Senado procuraram A�cio ainda na noite desta quarta-feira, 17, mas ele j� havia deixado a Casa, logo ap�s a divulga��o das informa��es pela imprensa. O tucano conversou por celular, em viva voz, com integrantes da bancada que se reuniram apreensivos para ouvi-lo.
"Ele nos disse que tinha um relacionamento de contato frequente com Joesley Batista. Ent�o, A�cio disse claramente que foi ao Batista consult�-lo sobre o interesse dele na compra de um im�vel, que pertence � m�e do A�cio. Ele n�o nega a conversa nem a inten��o da conversa, de pedir uma ajuda ao Batista, sobre essa quest�o de viabilizar condi��es para pagar advogados", afirmou o l�der do PSDB no Senado.
"Ele ofereceu o im�vel, mas Batista n�o quis. Ent�o, ele acabou aceitando uma ajuda. N�o falou claramente se era empr�stimo, se era ajuda. N�o sei. Mas ele garante que n�o comentou sobre favores, benef�cios sobre qualquer tipo de quest�o institucional", emendou Bauer.
O l�der se reuniu na manh� desta quinta-feira com integrantes da bancada para discutir o atual cen�rio ap�s o pedido de pris�o feito pela Procuradoria Geral da Rep�blica contra A�cio.
"Temos um problema dentro do partido. N�o vamos fugir, nem nos esconder de nenhuma quest�o e provid�ncia. Vamos discutir o problema do A�cio, do Temer. Vai ser uma reuni�o para tratar da gravidade do momento", ressaltou Bauer. Segundo ele, antes de qualquer decis�o institucional, a c�pula do PSDB ir� ouvir novamente A�cio sobre as acusa��es.
"O presidente do partido, quando � acusado, investigado, claro que tem consequ�ncias internas. O PSDB � um partido muito grande. Vamos avaliar agora todos os fatos. Mas n�o podemos punir quem quer que seja sem que antes a pessoa tenha oportunidade de se defender", considerou o l�der.
"A partir do momento que tomarmos conhecimento do teor das grava��es, tendo a confirma��o que realmente houve conversa de amigos fica caracterizada uma situa��o em que o crime em si n�o se configura. Agora, se houver alguma evid�ncia de crime o A�cio vai ter que responder pelos seus atos", concluiu. Advogados do senador A�cio Neves se re�nem desde o in�cio da manh� na resid�ncia do tucano em Bras�lia.
(Erich Decat)