Bras�lia, 18 - O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um inqu�rito contra o presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB), a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica, em um desdobramento dos conte�dos apresentados pelos empres�rios Joesley e Wesley Batista em acordo de colabora��o premiada homologado pelo ministro, por tentativa de obstru��o das investiga��es na Opera��o Lava Jato.
Os donos da JBS, Joesley Batista e seu irm�o Wesley Batista, gravaram uma conversa em que o presidente Michel Temer supostamente d� aval para a compra do sil�ncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Opera��o Lava Jato. A informa��o foi divulgada nesta quarta-feira, 17, pelo colunista do jornal O Globo Lauro Jardim. O Estad�o confirmou as informa��es e a homologa��o - que d� validade legal �s informa��es informadas pelos delatores.
A conversa com Temer teria ocorrido no dia 7 de mar�o deste ano, no Pal�cio do Jaburu, resid�ncia do presidente. No di�logo, Joesley teria dito ao peemedebista que estava pagando uma mesada a Cunha e a L�cio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da C�mara, tamb�m preso na Lava Jato, para que ambos ficassem em sil�ncio sobre irregularidades envolvendo aliados. "Tem que manter isso, viu?", disse Temer a Joesley, segundo relatou O Globo.
Em nota, na noite da quarta-feira, o Pal�cio do Planalto afirmou que "Temer jamais solicitou pagamentos para obter o sil�ncio do ex-deputado Eduardo Cunha. N�o participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar dela��o ou colabora��o com a Justi�a pelo ex-parlamentar". "O presidente defende ampla e profunda investiga��o para apurar todas as den�ncias."
� aguardado um pronunciamento de Michel Temer �s 16h.
(Breno Pires, Rafael Moraes Moura e Beatriz Bulla)