Bras�lia - O vice-presidente do Senado, C�ssio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou nesta sexta-feira, 19, que o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG) est� "exclusivamente focado na sua defesa". A�cio � alvo da Opera��o Patmos, autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Opera��o Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha Lima visitou hoje o colega tucano, em sua resid�ncia, localizada em �rea nobre de Bras�lia.
O senador da Para�ba afirmou que os advogados de A�cio e do pr�prio Senado v�o analisar a decis�o do ministro Fachin, que afastou na quinta-feira, 18, o mineiro da fun��o parlamentar. "Essa � uma decis�o que n�o est� prevista na Constitui��o, mas que tem sido adotada em outros momentos. Essa quest�o tem sido nova na jurisprud�ncia, uma vez que n�o est�, no meu parco conhecimento, prevista na Constitui��o", afirmou Cunha Lima.
Questionado sobre a possibilidade do PSDB retirar o apoio ao governo Michel Temer diante dos recentes fatos revelados com a dela��o dos executivos da JBS, Cunha Lima disse que a quest�o ainda est� sendo discutida dentro do partido.
"Ontem (quinta), conversamos com alguns segmentos. O partido tem v�rias inst�ncias de delibera��o, n�o apenas a bancada no Senado, nem da C�mara. � o momento em que precisamos ter o integral conhecimento das grava��es que foram feitas para que possamos avaliar esse processo. O PSDB sempre teve muita, extrema responsabilidade com o Pa�s e ser� sempre pensando no Brasil, naquilo que possa trazer estabilidade, que possa nos garantir a sa�da para essa crise para milh�es de brasileiros, ser� a conduta que o partido ter�", afirmou.
O senador acredita que esse momento de instabilidade pol�tica pelo qual o Pa�s passa deve sim interferir na tramita��o das reformas, mesmo que de forma moment�nea.
O vice-presidente do Senado defendeu que o Pa�s tenha a "verdade completa" dos fatos. "� importante que n�s tenhamos a capacidade de pensar sobre tudo no Brasil. Neste momento, n�o est� em jogo a autoridade A ou B. O que n�s devemos nos preocupar � com o Pa�s que n�o pode ter sua crise aprofundada, que j� � a mais grave crise de sua hist�ria", afirmou.
Cunha Lima defendeu o curso das investiga��es e disse que os respons�veis devem responder por seus erros, mas os que n�o t�m culpa devem ser absolvidos. O importante, segundo ele, � o Brasil funcionar. "Era o momento em que a economia come�ava a dar sinais de recupera��o. Isso � importante para o Pa�s inteiro, � muito significativo que tenhamos a capacidade de, olhando para o Pa�s, fazer que a economia volte a funcionar e o Pa�s saia dessa crise, que � a mais grave da sua hist�ria", enfatizou.