Personagem da conversa entre o presidente Michel Temer e o empres�rio Joesley Batista, dono da JBS, o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou ter seu sil�ncio comprado. "Estou exercendo o meu direito de defesa e n�o estou em sil�ncio e tampouco ficarei", escreveu o deputado cassado, em carta divulgada por seu advogado.
Na conversa com Temer, Joesley afirma ter "zerado" suas pend�ncias com o deputado cassado e que "estava de bem" com Cunha. Em resposta, Temer responde: "Tem que manter isso, viu?"
No �udio da conversa com Joesley, Temer ainda reclama que tem sido "fustigado" pelo ex-parlamentar, que enviou perguntas ao presidente, sua testemunha de defesa em um dos processos, com men��es a reuni�es no escrit�rio pol�tico de Temer em S�o Paulo.
"Repudio com veem�ncia as informa��es divulgadas de que estaria recebendo qualquer benef�cio para me manter em sil�ncio", afirma o peemedebista na carta, que tem 18 linhas, redigidas em folha de papel alma�o. "S�o falsas as informa��es divulgadas atribu�das a Joesley Batista de que estaria comprando o meu sil�ncio."
Na carta, ele diz ainda que nunca pediu qualquer coisa a Temer. "Jamais pedi qualquer coisa ao presidente Michel Temer e tamb�m jamais recebi dele qualquer pedido para me manter em sil�ncio", afirmou. "Recentemente, ap�s entrevista dele, o desmenti com contund�ncia, mostrando que n�o estou alinhado em nenhuma vers�o de fatos que n�o sejam os verdadeiros", conclui.
Cunha foi condenado em mar�o pelo juiz S�rgio Moro a 15 anos e 4 meses. O deputado cassado responde a outras duas a��es penais, uma em tr�mite na 10.ª Vara Criminal Federal de Bras�lia, relativa � Opera��o S�psis, e outra encaminhada a Moro pelo Supremo Tribunal Federal, que investiga se ele recebeu propina de US$ 5 milh�es em contratos de constru��o de navios-sonda da Petrobras.