Rio, 23 - O governo do Estado do Rio voltou atr�s e decidiu deixar a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) a modelagem de venda da Cedae, a estatal de �guas e esgoto fluminense. A privatiza��o da companhia � uma das exig�ncias da Uni�o para que o Estado possa aderir ao Regime de Recupera��o Fiscal do governo federal, criado em lei ap�s aprova��o do Senado na semana passada. As a��es da estatal servir�o de garantia para novos empr�stimos de at� R$ 3,5 bilh�es, com aval da Uni�o.
Desde os primeiros rascunhos do termo de compromisso do plano de recupera��o do Rio, que seria finalmente assinado no fim de janeiro, o governo fluminense vinha resistindo a entregar a modelagem da privatiza��o ao BNDES. Nos �ltimos dias, por�m, o governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB) e o secret�rio de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, confirmaram publicamente que o trabalho ficar� com o banco estatal.
Na quinta-feira passada, dia 18, Pez�o disse que o BNDES coordenar� o trabalho de prepara��o da privatiza��o da Cedae, durante uma palestra em semin�rio no Rio. Barbosa explicou ao Estad�o/Broadcast que ser� preciso firmar um contrato com o banco. "Agora a gente est� no processo burocr�tico.", afirmou.
Uma das primeiras medidas da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, foi criar um programa de privatiza��o para o setor de saneamento. No in�cio, a Cedae seria inclu�da, mas houve diverg�ncias entre o BNDES e o governo fluminense. No fim de mar�o, a diretora de infraestrutura do BNDES, Marilene Ramos, sinalizou que as conversas com o governo fluminense haviam sido retomadas. Ainda assim, as autoridades estaduais n�o haviam confirmado publicamente.
Com a san��o do presidente Michel Temer da lei que cria o Regime de Recupera��o Fiscal, o Rio poder� colocar em marcha o plano. A expectativa � retomar esta semana a vota��o de outras medidas de contrapartida, como a eleva��o da contribui��o previdenci�ria dos servidores p�blicos. Semana passada, Barbosa estimou que seria poss�vel contratar os novos empr�stimos em cerca de 60 dias. O plano do governo fluminense � usar os recursos para colocar sal�rios em dia. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Daniela Amorim e Vinicius Neder)