
A crise que n�o termina j� leva os operadores pol�ticos do Congresso a pensar alternativas para a sucess�o do presidente Michel Temer sem que o peemedebista seja prejudicado ou se complique ainda mais judicialmente. Dois empecilhos impedem o fechamento de um acordo: qual a sa�da para Temer e quem poder� suced�-lo na Presid�ncia da Rep�blica?
O Correio apurou que parte dos congressistas acreditam que o julgamento da chapa Dilma/Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcado para ser retomado em 6 de junho, poder� ser um caminho menos traum�tico para o peemedebista. Como j� existem provas de que a alian�a eleitoral recebeu doa��es ilegais por meio de caixa dois, ele perderia o mandato, responsabilizando o PT, cabe�a da coliga��o. Agora, se tiver que enfrentar um processo de impeachment, Temer, al�m de prolongar a crise econ�mica e pol�tica, tamb�m cairia com base nas acusa��es feitas pelos empres�rios Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS.
Um outro acordo, mais complexo, e que vem sendo costurado seria a ren�ncia do presidente o quanto antes. Para interlocutores pol�ticos, se o presidente fizer isso, poder� participar dos debates da pr�pria sucess�o e interferir, inclusive, na composi��o do governo de transi��o, como uma maneira de buscar salvaguardas jur�dicas. “� sempre bom lembrar que, em setembro, teremos a escolha do novo procurador-geral da Rep�blica, decis�o que passa pelo presidente da Rep�blica”, disse um dos pol�ticos que participam das conversas.
Um dos articuladores � o l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que garante n�o defender abertamente a ren�ncia do presidente. “Ren�ncia � uma quest�o menor neste momento. Precisamos pensar em alternativas para o pa�s superar a crise. Estamos no mais longevo per�odo de estabilidade constitucional. Por isso, nossa responsabilidade aumenta”, declarou Renan.
As conversas envolvem nomes como o ex-presidente Jos� Sarney. O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tamb�m participou de alguns debates, mas se disse impedido de prosseguir nas tratativas porque, se Temer cair, ele seria um dos principais benefici�rios, j� que assumiria, por tr�s meses, o cargo de presidente da Rep�blica, at� a realiza��o de elei��es indiretas pelo Congresso. (PTL)