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Estado de Minas

Comprei joias para minha mulher com sobras de campanha eleitoral, diz Cabral


postado em 24/05/2017 15:13

Rio, 24 - O ex-governador do Rio S�rgio Cabral admitiu em interrogat�rio nesta quarta-feira, 24, que utilizou "sobras de campanha eleitoral" para comprar joias para a sua mulher, Adriana Ancelmo. Ele disse ainda que adquiria as pe�as em dinheiro nas lojas H. Stern e Antonio Bernardo em datas festivas. O peemedebista foi ouvido na 7� Vara Federal Criminal do Rio em processo relativo � Opera��o Calicute, que o levou � pris�o em novembro do ano passado.

Cabral decidiu exercer o direito de permanecer parcialmente em sil�ncio, respondendo apenas perguntas da sua defesa e aos advogados da sua mulher. O interrogat�rio durou menos de 20 minutos.

O ex-governador negou ter recebido vantagens indevidas das construtoras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, conforme relatado em dela��o premiada por ex-executivos da construtora. Tamb�m negou ter lavado ou ocultado esses recursos. "(Essa acusa��o) n�o � verdadeira". Segundo Cabral, as reuni�es com a Andrade Gutierrez eram "sempre sobre assuntos relacionados � presta��o de servi�os ao Estado".

O ex-governador tamb�m negou que recebia 5% sobre os valores dos contratos fechados com as construtoras. Tamb�m afirmou que n�o tinha conhecimento da cobran�a de 1% dos valores das obras, chamada taxa de oxig�nio.

Sobre a doa��o feita em 2010 pela Andrade Gutierrez ao diret�rio do PMDB, num total de R$ 2 milh�es, negou irregularidades. "A doa��o foi feita de forma legal e transparente ao diret�rio do partido".

O peemedebista tamb�m disse que sua mulher "jamais" soube sobre como se davam os pagamentos das joias. Tamb�m afirmou que ela n�o tinha conhecimento do uso de caixa dois e nega ter recebido valores pelo escrit�rio dela, o Ancelmo Advogados.

"Sempre respeitamos nossas individualidades. Jamais interferi no dia a dia do escrit�rio dela e ela n�o interferiu no meu (trabalho)", afirmou.

Explica��es

Logo no in�cio da audi�ncia, ap�s a defesa de Cabral anunciar o sil�ncio parcial, o juiz Marcelo Bretas lembrou que os seus advogados t�m dito que s� responder�o em ju�zo. "O momento � esse, lembrando que h� farto material probat�rio. Documentos importante foram arrecadados", disse o juiz. Bretas fez um longo discurso antes que Cabral come�asse a falar.

O magistrado disse tamb�m que ele n�o seria prejudicado pelo fato de n�o responder �s perguntas, mas afirmou que seria a �nica vez que "vai bater papo sobre tudo o que est� acontecendo". "Esse � um momento singular".

Bretas tamb�m afirmou que Cabral iria abdicar da possibilidade de apresentar uma satisfa��o � sociedade e � Justi�a e perguntou novamente se ele n�o responderia as suas perguntas. Cabral reafirmou que seguiria a orienta��o de sua defesa.

Cabral chegou ao pr�dio da Justi�a federal pouco antes das 12h. A defesa do ex-governador pediu ao juiz que ele fosse entrevistado pela sua defesa antes do interrogat�rio, o que foi aceito por Bretas.

O ex-governador responde pelos crimes de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e pertin�ncia a organiza��o criminosa no processo da Opera��o Calicute. Foi o �ltimo interrogat�rio relacionado ao processo, que pode ter senten�a at� julho, conforme previs�o dada por Bretas recentemente. Cabral � r�u ainda em outros oito processos.

(Mariana Sallowicz)


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