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Estado de Minas

Como em 1985, PT discute boicote a eventual elei��o indireta


postado em 25/05/2017 20:43

S�o Paulo e Bras�lia, 25 - Maior partido da oposi��o e segundo maior do Congresso, o PT discute repetir a estrat�gia lan�ada nas elei��es indiretas de 1985 e n�o participar do col�gio eleitoral, caso deputados e senadores tenham de escolher um substituto para o presidente Michel Temer. A corrente majorit�ria Construindo um Novo Brasil (CNB) pretende que no 6.� Congresso Nacional do PT, marcado para o in�cio de julho, o partido feche quest�o e impe�a que os parlamentares do partido participem de uma elei��o indireta.

Naquele pleito, o PT se absteve na disputa entre Paulo Maluf (ent�o do PSD, hoje PP) e Tancredo Neves (Alian�a Democr�tica), que venceu por 480 votos a 180.

"Pelo amor de Deus, n�o entrem nessa (elei��o indireta). � elei��o direta, direta e ponto", disse Lula, na manh� desta quinta-feira, 25, em reuni�o com lideran�as das principais correntes internas do PT. "Em 1985 pagamos um pre�o muito alto. Mas valeu a pena", disse Lula, conforme relatos. Naquele ano, o partido havia participado ativamente da campanha pelas "Diretas J�", no ano anterior, e considerava ileg�tima a escolha do primeiro presidente civil, depois de 21 anos de ditadura militar, de forma indireta. Tr�s dos oito deputados da bancada petista (Bete Mendes, Jos� Eudes e Airton Soares) contrariaram a orienta��o partid�ria e foram expulsos do partido.

Lula e a ampla maioria do PT avaliam que, se o partido participar de uma eventual elei��o indireta para a sucess�o de Temer, teria muito pouco a ganhar e muito a perder, pois a base da legenda defende elei��es diretas. Consideram ainda que, seja quem for o escolhido para suceder Temer, ser� pressionado a dar continuidade �s reformas trabalhista e da Previd�ncia e, assim, o PT estaria indiretamente dando suporte �s reformas. De acordo com interlocutores de Lula, o racioc�nio vale tamb�m para Nelson Jobim, amigo de Lula e ex-ministro da Defesa nos governos petistas que surge como possibilidade entre os nomes na disputa indireta.

"A tend�ncia � n�o participar do processo. A pequena possibilidade de participar da elei��o seria ter uma candidatura com chances de ganhar e com proposta de suspender as reformas e jog�-las para 2019. N�o temos disposi��o de participar de um col�gio eleitoral restrito que n�o tenha nenhum avan�o nesse sentido", disse � reportagem o l�der do PT na C�mara, Carlos Zarattini (SP).

Segundo ele, nenhum dos perfis colocados no momento � consensual. "A posi��o do Rodrigo Maia (presidente da C�mara) � de apoiar as reformas. Com essa plataforma, n�o tem acordo com ele. (O ex-ministro Nelson) Jobim, embora seja um perfil interessante, n�o sabemos o que est� pensando. (O senador) Tasso (Jereissati) tamb�m representa a continuidade das reformas", declarou. Setores do PT que contestam a ideia do boicote �s elei��es, por�m, t�m defendido nas negocia��es internas o apoio a Jobim. "Seria um nome de acordo nacional. � dif�cil o Lula falar mal dele", disse o deputado Vicente C�ndido (SP), vice-l�der do PT na C�mara.

A posi��o dos petistas tende a dividir as for�as de oposi��o no col�gio eleitoral e fazer se dissiparem os 99 votos da oposi��o no Congresso, hoje divididos entre PT (67), PDT (21), PCdoB (13), PSOL (6) e Rede (5). Desses, apenas o PSOL pretende acompanhar os petistas no boicote.

Documento

Na segunda-feira, 22, integrantes da corrente majorit�ria Construindo um Novo Brasil (CNB) defenderam o encaminhamento ao 6.� Congresso Nacional do PT de um projeto de resolu��o que feche quest�o pelo boicote � poss�vel elei��o indireta, proibindo parlamentares do partido de votar em um eventual novo Col�gio Eleitoral. "Sou a favor disso. N�s n�o devemos participar desse processo", disse o presidente do diret�rio estadual do PT de S�o Paulo, Em�dio de Souza, um dos l�deres da CNB.

(Ricardo Galhardo, Igor Gadelha e Caio Junqueira)


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