Genebra, 30 - O Banco Pictet, usado pelo ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma, Guido Mantega, para manter na Su��a de forma sigilosa US$ 600 mil se recusa a fazer qualquer coment�rio. Mas afirma estar disposto a colaborar com a Justi�a sempre que for chamado.
Nesta semana, Mantega confessou, por meio de peti��o de sua defesa ao juiz federal S�rgio Moro, que mant�m uma conta na institui��o su��a, sem estar declarada ao fisco brasileiro. Segundo ele, o dinheiro seria parte da venda de um im�vel herdado de seu pai.
A Moro, o ex-ministro ainda afirmou que "abre m�o de todo e qualquer sigilo banc�rio, financeiro e fiscal, inclusive de conta estrangeira aberta antes de assumir o cargo de Ministro da Fazenda, na qual recebeu um �nico dep�sito no valor de US$ 600 mil (seiscentos mil d�lares) como parte de pagamento pela venda de im�vel herdado de seu pai", afirmou.
Em nota � imprensa, o banco disse que "em linha com sua pol�tica e obriga��es legais de confidencialidade, nunca comenta" sobre potenciais rela��es com clientes, sejam eles atuais, passados ou mesmo de pessoas que n�o sejam correntistas.
De acordo com o Pictet, tampouco o banco falaria sobre "investiga��es em andamento, em especial quando nomes de pessoas est�o em jogo".
Ainda assim, a institui��o financeira aponta que "se solicitada e onde for apropriado, cumpriria sem d�vida as obriga��es legais em rela��o �s autoridades competentes".
No documento, Mantega disse que n�o espera nem "perd�o nem clem�ncia pelo erro que cometeu ao n�o declarar valores no exterior". Mas insiste que "jamais solicitou, pediu ou recebeu vantagem de qualquer natureza como contrapartida ao exerc�cio da fun��o p�blica, conforme poder� inclusive confirmar o extrato da conta".
De acordo com o ex-ministro, ele enviaria o extrato assim que o banco lhe enviasse uma copia.
(Jamil Chade, correspondente)