Bras�lia, 31 - O ministro Marco Aur�lio Mello ser� o novo relator do inqu�rito que investiga o senador afastado A�cio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF) com base na dela��o dos empres�rios do Grupo J&F, da empresa JBS.
O inqu�rito foi redistribu�do por sorteio eletr�nico ap�s o ministro Edson Fachin entender que a investiga��o n�o tem rela��o com a Opera��o Lava Jato, da qual � relator no Supremo.
Ao comentar que seria o novo relator do inqu�rito de A�cio, Marco Aur�lio afirmou, em tom de brincadeira, que o computador que faz a redistribui��o eletr�nica n�o gosta dele e que deve levar os agravos para serem discutidos em plen�rio. "Parece que o computador que opera a distribui��o n�o gosta de mim", disse.
Uma das quest�es que o ministro deve levar ao plen�rio � o pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica para que seja revista a decis�o de n�o prender o parlamentar tucano. O pedido de pris�o foi negado por Fachin, que, no entanto, decidiu afastar A�cio do mandato de senador.
Suspeita
Entre as acusa��es que pesam sobre A�cio, est� a grava��o na qual o tucano pede R$ 2 milh�es ao empres�rio Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empres�rio sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
A irm� de A�cio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empres�rio. O tucano indicou seu primo Frederico Pacheco de Medeiros para receber o dinheiro. O dinheiro foi entregue pelo diretor de Rela��es Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma.
Andrea e Frederico foram presos pela Opera��o Patmos, deflagrada em 18 de maio. Os dois tamb�m ser�o investigados no mesmo inqu�rito.
(Isadora Peron e Breno Pires)