
O prefeito da cidade de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB-SP), procurou ser cauteloso na manh� desta segunda-feira (5) ao falar com jornalistas sobre a reuni�o do diret�rio estadual de seu partido para definir a perman�ncia ou o desembarque da base de apoio do governo do presidente Michel Temer (PMDB-SP).
"Vamos aguardar a decis�o do TSE para dar um posicionamento do PSDB sobre o governo Temer", disse Doria ao chegar para evento do Grupo de L�deres Empresariais (Lide), entidade que foi presidente at� antes de se candidatar a prefeito, que trata na manh� desta segunda-feira, 5, do tema Sa�de.
Neste domingo 4, ministros tucanos foram at� ao Pal�cio do Jaburu, em Bras�lia, resid�ncia oficial do presidente Temer, para confirmar ao mandat�rio a perman�ncia da sigla no governo. Os tucanos paulistas, no entanto, est�o pressionando pelo rompimento com o governo federal, posi��o que n�o recebe o apoio do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, nem do prefeito.
Entendimento igual tem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em artigo no jornal O Estado de S. Paulo, de domingo defendeu a serenidade no tocante a uma decis�o do PSDB.
Na sexta-feira � noite, o presidente Michel Temer veio a S�o Paulo e se reuniu por cerca de uma hora e meia com Alckmin no Pal�cio dos Bandeirantes. A visita teve como objetivo pedir ao governador que convencesse os prefeitos paulistas tucanos a n�o romperem o apoio ao governo federal. Antes da reuni�o com Temer, Alckmin j� havia se encontrado com um grupo de prefeitos para tratar do tema.
"N�o � hora de precipitar decis�es. No momento � preciso proteger a economia e estimular a aprova��o das reformas no Congresso", disse Doria. Ele disse que a sua posi��o � a mesma do governador. "A nossa posi��o � a mesma do governador Geraldo Alckmin.
Rigorosamente a mesma. N�o � hora de precipitar decis�es. N�s temos amanh� o julgamento no TSE. Pode ser conclu�do amanh� ou nos pr�ximos dias se houver vistas. Vamos aguardar essa decis�o e a� sim dar um posicionamento do PSDB", refor�ou o prefeito, afirmando que participar� da reuni�o estadual de seu partido, prevista para hoje na Capital.
Recess�o
O prefeito de S�o Paulo disse, ainda, que ap�s tr�s anos de recess�o no Pa�s, a economia come�a a mostrar seus "primeiros insumos de oxig�nio" e que isso n�o pode ser contaminado por temas pol�ticos. Ele fez a afirma��o ao ser indagado sobre se o PSDB permanecer� ou n�o na base de apoio do governo Temer.
"Um Pa�s que tem 14 milh�es de desempregados, mais sete milh�es de subempregados e mais uma popula��o com uma renda muito baixa precisa ter cuidado ao tratar desse assunto para n�o contaminar a economia com um tema da pol�tica", disse o prefeito.
"Depois de tr�s anos de recess�o estamos tendo os primeiros insumos de oxig�nio na economia. N�o se pode comprometer isso com decis�es precipitadas", reiterou Doria, acrescentando que o momento exige que se cuide da economia. Perguntado sobre qual � seu entendimento de cuidado, o tucano disse: "Eu respeito a lei. Que as investiga��es prossigam. O que n�o pode � precipitar julgamentos e tomar decis�es antes do que a pr�pria lei (determinar)"