Os ex-presidentes da C�mara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) tinham uma rela��o '�ntima e delituosa', afirma o juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney de Oliveira, em decis�o que mandou prender preventivamente os peemedebistas, no �mbito da Opera��o Manus, desdobramento da Lava-Jato, nesta ter�a-feira.
A Procuradoria da Rep�blica no Rio Grande do Norte tamb�m integra a Opera��o Manus e investiga fraudes de R$ 77 milh�es na constru��o da Arena das Dunas para a Copa 14 - aqui, tamb�m, Henrique Alves, ex-ministro do Turismo nos governos Dilma e Temer. A a��o, executada em parceria entre a Pol�cia Federal e a Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal, apura irregularidades que teriam sido cometidas pelo grupo liderado pelo ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha nas vice-presid�ncias de Fundos e Loterias e Pessoas Jur�dicas da Caixa Econ�mica Federal (CEF).
A Procuradoria da Rep�blica no Rio Grande do Norte tamb�m integra a Opera��o Manus e investiga fraudes de R$ 77 milh�es na constru��o da Arena das Dunas para a Copa 14 - aqui, tamb�m, Henrique Alves est� sob suspeita de receber propinas das empreiteiras OAS e Odebrecht na campanha eleitoral daquele ano, quando concorreu ao governo do Estado.
O juiz federal em Bras�lia Vallisney de Oliveira narra que, apesar de n�o poder ser considerado como ‘mentor ou participante direto junto �s empresas’, o ex-ministro do Turismo foi benefici�rio de ‘valores il�citos’ de opera��es do FI-FGTS.
Segundo a Procuradoria, ele teria emprestado contas no exterior a Eduardo Cunha para receber propinas da Carioca Engenharia.
“Segundo a presente cautelar, sua liga��o nas apontadas irregularidades com Eduardo Cunha � muito pr�xima, podendo ter havido uma combina��o forte entre ambos dos valores que foram pagos pelas empresas que fizeram opera��o no FI-FGTS, principalmente a Carioca Engenharia, de Ricardo Pernambuco, que fez diversos dep�sitos para contas que t�m como benefici�rios Henrique Alves a pedido de Cunha e de valores muito expressivos”, anota o magistrado.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO MARCELO LEAL, QUE DEFENDE HENRIQUE EDUARDO ALVES
O defensor do ex-presidente da C�mara foi procurado pela reportagem, mas n�o respondeu. O espa�o est� aberto para manifesta��o.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO TICIANO FIGUEIREDO, QUE DEFENDE EDUARDO CUNHA
“� inequ�voco que n�o h� qualquer contemporaneidade os fatos da investiga��o com a decreta��o da medida cautelar dessa gravidade. Isso exp�e as v�sceras de uma estrat�gia que tem sido adotada na Lava Jato e replicada pelos estados de se utilizar de uma pirotecnia para expor investigados e pression�-los contra a sociedade. Lament�vel esse abuso na utiliza��o da pris�o preventiva como forma de instrumento de investiga��o prim�rio, e n�o como �ltima op��o”.