Bras�lia, 07 - As defesas de Michel Temer e Dilma Rousseff aprovaram a convoca��o pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de sess�es extraordin�rias para a continuidade do julgamento da chapa eleitoral composta pelos dois pol�ticos, acusada de abuso de poder econ�mico e pol�tico nas elei��es presidenciais em 2014.
O advogado Flavio Caetano, que defende Dilma Rousseff, viu as sess�es adicionais como um ind�cio de que n�o dever� haver pedido de vista por parte de ministros. "Sa�mos com esta sensa��o", disse.
Foram convocadas sess�es para quinta, sexta e s�bado. O TSE espera tr�s sess�es na quinta, tr�s na sexta e tr�s no s�bado, nos tr�s turnos em cada dia. O presidente da Corte, Gilmar Mendes, conta com a libera��o por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele se ausente em uma sess�o na tarde da quinta-feira, que coincide com a do TSE. A inten��o expl�cita na Corte � prever o tempo necess�rio para a hip�tese de finalizar o julgamento ainda nesta semana.
O advogado de defesa de Temer, Gustavo Guedes, afirmou que � "salutar a indica��o de quantas sess�es forem necess�rias". Publicamente, ele tem dito querer a conclus�o o mais breve poss�vel do julgamento.
Gustavo Guedes evitou responder � pergunta sobre a estrat�gia do ministro relator, Herman Benjamin, de n�o separar as vota��es das preliminares da vota��o do m�rito. Disse que n�o lhe cabe comentar a��o de ministro.
Dela��es
Ambos evitaram comentar a indica��o do ministro Herman Benjamin de que votar� a favor do uso dos depoimentos de delatores da Odebrecht e do casal de marqueteiros Monica Moura e Jo�o Santana.
O advogado da petista, no entanto, apontou discordar de um argumento trazido pelo ministro Herman Benjamin: o de que a defesa teria convocado para depoimento dois delatores da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas e Lu�s Eduardo Soares.
"Quem referiu os dois delatores foi o pr�prio Marcelo Odebrecht. N�o foi a defesa quem convocou. O pedido da defesa foi para que os dois fossem ouvidos apenas para esclarecer o que foi referido pelo pr�prio Marcelo", disse Flavio Caetano.
Os advogados ressaltaram que n�o houve a vota��o nem das preliminares discutidas nesta ter�a-feira, uma vez que o ministro Herman Benjamin pediu aos ministros para dar o seu voto inteiro antes dos demais colegas, sem fracionar o voto em rela��o �s preliminares.
(Breno Pires, Isadora Peron e Beatriz Bulla)