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Estado de Minas

Governador do MT pediu caixa 2 para saldar d�vidas de campanha, diz empres�rio


postado em 12/06/2017 13:55

S�o Paulo, 12 - O empres�rio Alan Malouf confessou � Justi�a ter feito pagamentos de R$ 2 milh�es, via caixa 2, para a campanha do governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB-MT), e alegou ter recebido R$ 260 mil "de volta" por meio de um esquema de fraudes em licita��es na Secretaria de Educa��o daquele Estado.

As manipula��es de editais para constru��o de escolas no Mato Grosso s�o alvo da Opera��o R�mora, deflagrada em maio de 2016. Segundo as investiga��es, os desvios, que come�aram em 2015, atingiram 23 contratos no valor de R$ 56 milh�es.

O empres�rio, alvo da R�mora, diz ter doado R$ 2 milh�es n�o contabilizados, com a ci�ncia do governador. "No fim da campanha, existia um valor a ser pago. No final, teve um rateio e eu participei do pagamento. Como se fosse um empr�stimo para saldar a d�vida da campanha."

De acordo com o depoimento, o pedido para quitar as d�vidas de campanha via caixa dois partiu �do governador�. "O pr�prio governador sabe disso."

Malouf contou que seu envolvimento com os esquemas come�ou em meados de abril de 2015, quando o empreiteiro Giovani Guizardi, delator da R�mora, pediu para ser apresentado ao secret�rio de Educa��o Perm�nio Pinto, com o interesse de prestar "servi�os de obras na Seduc [Secretaria de Educa��o]". O chefe da pasta chegou a ser preso preventivamente em 2016. "Depois, Giovani disse que tinha um esquema na Seduc para pagar as contas de campanha. Num primeiro momento, eu n�o queria, fiquei reticente. Na segunda ou terceira vez, resolvemos participar desse fato at� para arrecadar o dinheiro para pagar as contas de campanha."

Segundo o empres�rio, o esquema envolvia propinas pagas por empreiteiras que prestavam servi�os � pasta. "Eu me beneficiei de 260 mil reais."

Malouf alega ter recebido os valores dentro de envelopes, em esp�cie, em sua casa e em sua empresa.

Outro lado

O governador Pedro Taques reagiu com indigna��o �s declara��es do empres�rio. Segundo Taques, elas s�o "mentirosas, irrespons�veis, levianas e sem provas". "O governador reitera o que j� disse publicamente sobre o caso: n�o houve caixa dois em sua campanha e que sua presta��o de contas foi aprovada sem ressalvas pela Justi�a Eleitoral, onde pode ser acessada por qualquer pessoa", destaca a Secretaria do Gabinete de Comunica��o do Governo de Mato Grosso, em nota.

Segundo a nota, o governador tamb�m esclarece que tomou todas as medidas que competiam ao Estado assim que a opera��o do MPE foi deflagrada para apurar a exist�ncia do esquema de conluio de empres�rios, entre os quais o senhor Alan Malouf, e servidores p�blicos para fraudar licita��es na Secretaria de Estado de Educa��o.

Entre as medidas, conforme a nota, foi realizada uma auditoria pela Controladoria Geral do Estado, e todos os servidores p�blicos citados foram exonerados (no caso dos exclusivamente comissionados) ou afastado de suas fun��es at� conclus�o do respectivo Processo de Administrativo Disciplinar (no caso do servidor efetivo). "Esclarece, ainda, que dos 16 contratos denunciados pelo Minist�rio P�blico nas tr�s fases da Opera��o R�mora, o Governo rescindiu 14 deles, impedindo a materializa��o de preju�zos ao Er�rio, al�m de outras medidas, inclusive judiciais, para ressarcimento de valores que eventualmente tenham sido desviados dos cofres p�blicos."

Segundo a nota, dois contratos n�o foram rescindidos porque j� estavam com sua execu��o praticamente conclu�da, sem preju�zo de eventuais san��es por comprova��o de alguma ilegalidade. "Portanto, o governador recha�a com veem�ncia a insinua��o mentirosa do senhor Alan Malouf - r�u confesso de receber propina do esquema e apontado pelo MPE como l�der da quadrilha - de que ele tivesse conhecimento pr�vio das ilegalidades."

Ainda de acordo com o documento divulgado � imprensa pela Secretaria do Gabinete de Comunica��o do Governo de Mato Grosso, o governador Pedro Taques "reitera sua confian�a na Justi�a e no Minist�rio P�blico, e tem convic��o que ao final das investiga��es e a��es judiciais em curso, a verdade prevalecer�, e todos aqueles que tiverem responsabilidade nos crimes cometidos ser�o punidos na forma da lei".

(F�bio Serapi�o e Luiz Vassallo)


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