Rosa Weber diz que seria prematuro libertar Andrea: 'investiga��es n�o cessaram'

S�o Paulo, 13 - Um dos tr�s votos favor�veis � manuten��o da pris�o de Andrea Neves, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber afirmou que seria "medida prematura" libert�-la, porque ainda existe investiga��o sobre o senador A�cio Neves e "a situa��o processual dela est� implicada com a do seu irm�o". A Primeira Turma do STF, por 3 votos a 2, manteve a pris�o preventiva da empres�ria, determinada pelo ministro Edson Fachin na Opera��o Patmos.

O principal argumento da defesa � o de que, ap�s a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) ter oferecido den�ncia contra A�cio, Andrea, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, n�o haveria nenhuma outra investiga��o em andamento contra Andr�a Neves, o que, na vis�o dos advogados, permitiria que ela pudesse responder em liberdade.

"Ao rev�s do que se pretende fazer crer, as investiga��es relativas a Andrea n�o cessaram com o oferecimento da den�ncia", afirmou Rosa Weber, descartando a argumenta��o da defesa, ressaltando que h� um novo pedido de investiga��o contra A�cio Neves e a possibilidade de participa��o da irm� n�o pode ser descartada.

Para a ministra, o oferecimento da den�ncia n�o esgotou "o escopo investigativo em que ela est� envolvida" e n�o muda os fundamentos da pris�o preventiva que foi determinada pelo ministro Fachin. "O panorama delitivo no que tange a ela n�o est� ainda estabilizado", disse. "Ao menos por ora n�o � o caso de revogar a pris�o", afirmou.

A ministra afirmou tamb�m que "o eminente relator origin�rio Edson Fachin apontou para outros poss�veis crimes ainda pendentes de completa elucida��o, mas sobre os quais j� existentes ind�cios m�nimos de materialidade".

Rosa Weber afirmou que, em rela��o ao novo inqu�rito que a PGR pediu, o "panorama probat�rio � suficiente para concluir que, quanto ao delito de corrup��o passiva e posterior lavagem de dinheiro, h� fortes ind�cios de participa��o e percep��o de vantagem indevida do senador junto com sua irm� Andr�a, Frederico e Mendherson", disse.

"Os elementos probat�rios trazidos podem dar conta de uma atividade m�ltipla ao longo do tempo com caracter�stica de estabilidade dos autores voltadas � percep��o de vantagens indevida", acrescentou.

Segundo a magistrada, no novo pedido de abertura de inqu�rito, "foram requeridas dilig�ncias investigativas que, em tese, se mostram aptas a ampliar o escopo investigativo contra Andrea Neves". Ela lembrou que a PGR pediu depoimentos, a an�lise do material aprendido durante busca e apreens�o, an�lise dos �udios.

(Breno Pires e Isadora Peron)